Quando a São Silvestre se aproxima, natural que todo atleta do alto rendimento entra naquela fase de apronto final, nada de muita exposição e só administrando o condicionamento físico e psicológico.
Jenifer Nascimento é do Esporte Clube Pinheiros e cumpria o planejado com o nobre objetivo de defender o terceiro lugar de 2021 e mais – chegar forte pelo título até. Mas então acontece o que todo grande fundista teme: lesão contra o relógio. Sim, a semanas da largada ela se vê obrigada a se afastar dos treinos, parar completamente o trabalho físico.
Jenifer vem das bases do extinto Grêmio Recreativo Barueri, é natural de Osasco e aprendeu a ser raçuda o tempo todo. Não aceitava a ideia de ficar de fora da São Silvestre e fez o impossível para confirmar participação.
Deu tudo certo, a bronze 2021 estava na largada e partiu. No entanto, só ela sabia que seria uma prova contra si mesma – contra dores e incômodos decorrentes ao longo dos 15km. Então, quando rompeu a faixa de chegada em quarto lugar e para o segundo pódio consecutivo na prova, ela desabou em agradecimentos.
“É exatamente esse esforço que eu fiz pra chegar aqui onde estou”, resume a fera. “Estou muito orgulhosa de mim, por nunca desistir durante todos esses anos, por todo sacrifício. Eu sou uma sobrevivente porque isso também é batalha.”
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