Engano acreditar que, com 500 euros (R$ 2.750) por mês, podem morar em Lisboa ou no Porto. Mas com essa quantia, não se consegue moradia nem em pequenas cidades, no máximo, um quarto sem banheiro.
Sobrevivência digna
Segundo Fábio Knauer, fundador da empresa Aliança Portuguesa, especializada em imigração, além de não fazerem o planejamento adequado para mudar de país, os brasileiros acabam embarcando em promessas furadas.
“Há pessoas que compram passagem de turistas para Portugal, pois têm uma promessa de emprego. Quando chegam no país, sem documentação adequada, acabam na informalidade, no subemprego, sem recursos suficientes para uma sobrevivência digna”, assinala Knauer.
O especialista acrescenta que há muitas oportunidades em Portugal, contudo, o recomendável é que todo o processo de mudança ocorra seguindo a legislação portuguesa, que abriu um leque de opções para todos os públicos.
Há vistos para jovens que pretendem procurar trabalho no país europeu, condições especiais para aposentados e nômades digitais, incentivos para famílias que desejam dar uma educação melhor a seus filhos e, claro, facilidades para descendentes de portugueses
“Tentamos, com nosso trabalho, dar lucidez ao processo de emigração. Conscientizamos sobre o que é morar em outro país, que todos precisam se adaptar às condições locais”, diz o fundador da Aliança Portuguesa. Ou seja, os brasileiros não podem achar que continuam vivendo no Brasil.
Ele acrescenta que Portugal incentiva a imigração por conta da sua realidade demográfica. O número de idosos é cada vez maior e os jovens portugueses preferem deixar o país em busca de melhores condições em outros países da União Europeia.
Essa realidade, acredita Knauer, é uma vantagem para os brasileiros, que são de fácil adaptação. “Mas, de novo, aqueles que desejam se mudar para Portugal devem se preparar bem, inclusive com documentação, para que possam usufruir de tudo de bom que o país oferece”, ressalta.
