Estilosa Giulia de Osasco com o Sanca no Paulista e na Superliga B
by Marcio Silvio29/06/2021
Central de 22 anos e 1m90, Giulia Hellena Imaculada Dias Magiari é das quebradas de Osasco e parte para mais uma temporada no valente São Caetano. O tradicional clube do ABC está se reafirmando após perder patrocínios e disputar a Superliga na falência – sem poder contratar, atuou com elenco basicamente juvenil.
Por consequência, rebaixamento para a Superliga B. Nesse grupo, a central Giulia de Osasco segue firme e confiante por jogos melhores no semestre – o Sanca vai disputar o Campeonato Paulista e a Superliga B. Estilosa, a block está motivada porque o clube já não vive à deriva, tem marcas apoiando e uma delas é a prefeitura. Então, momento tipo renascer das cinzas.
Giulia foi uma que optou por continuar no período de crise, agora veste a camisa do Sanca com melhores expectativas. Sob comando do técnico Fernando Gomes, a pré-temporada já está rolando no ginásio Milton Feijão sob patrocínio municipal e também da Energis 8 Brasil e da Apetece.
Na Superliga do rebaixamento o time teve sete atletas adultas, sete juvenis e duas saída do infanto. A mescla segue para o Campeonato Paulista e Giulia de Osasco é uma das três adultas que renovaram – tem a ponteira Mari Blum com 37 anos e a líbero Laís com 24; a central vem das bases do Bradesco Osasco, tem bom posicionamento de rede e espera jogar muito para retornar com o Sanca à elite nacional.
Antony de Osasco vem do GEO e não do Audax como divulga a cartolagem
by Marcio Silvio02/08/2021
O Audax tem mesmo tudo a ver com o meia Bruno Guimarães, um dos grandes nomes da seleção olímpica. O QG Notícias vem destacando isso não é de agora, pautas cantadas aqui antes mesmo de o jogador ir para o Athletico Paranaense. Outro nome divulgado direto é Antony de Osasco, moleque que fez escolinha no São Paulo até explodir.
Então, acontece que o Audax entra na vibe olímpica exaltando os dois nomes como crias da base. A cartolagem tem nota 10 quanto ao carioca Bruno Guimarães, dá tiro na chuteira quanto a Antony de Osasco. O clube da Vila Yolanda ostenta foto do garotinho Antony ainda sub 13 e explora que o astro da seleção surgiu desse escudo. Não, pisada de bola do Audax porque o moleque serviu no Grêmio Esportivo Osasco.
Antony iniciou em 2011 e ficou até 2013, ano quando o GEO comprou o Audax – sem nada de categorias de base, só profissional. Quando o time de São Paulo desembarcou em Osasco encontrou tudo montado e funcionando a mil no centro de treinamento do Jardim Cipava. Então o Audax foi enxertado ali, logo engoliria tudo.
Fechando essa tampa: Bruno Guimarães é mesmo das bases do Audax, Antony de Osasco tem berço no Grêmio Esportivo Osasco. Se o Audax entende que pode misturar as bolas, vai contra os fatos. E o torcedor sabe, até setembro de 2013 o futebol de Osasco era puro GEO.
Brasileirão de Basquete homenageia Maria Helena, técnica do BCN Osasco
by Marcio Silvio02/08/2021
Sim, Osasco teve um timaço no baquete feminino profissional. De um lado havia o já poderoso vôlei feminino do BCN, de outro a equipe comandada pela técnica Maria Helena Cardoso. Hoje aos 81 anos, a lenda volta a ser reverenciada pela Confederação Brasileira de Basquete que a elege entre as maiores jogadoras do Brasil e, claro, entre os melhores técnicos.
Maria Helena fez um grandioso trabalho no Liberatão de Presidente Altino. Vinha do bicampeonato paulista e era abril de 1999 quando anunciou que não renovaria com Osasco.
Ex-técnica da seleção, ela dá nome ao troféu para o melhor treinador do Campeonato Brasileiro que começa em 17 de setembro. São 16 clubes na temporada que marca a volta do Bradesco Osasco – desde a era Finasa, o banco vem apenas com as categorias menores.
Dessa vez, no entanto, tem Bradesco no nacional que reúne atletas sub 23. “Agradeço essa homenagem e também passo o agradecimento de todas minhas companheiras que conseguiram dar um impulso no basquete feminino do Brasil”, diz a eterna treinadora.
Como atleta, tem o bronze no Mundial de 1971, o ouro no Pan de Cali naquele mesmo ano e, antes, prateou nos Jogos Pan-americanos de 1959 e 63. Sim, o jogo dessa grande lenda vem lá de trás da história do basquete feminino. Então, a categoria deve demais a essa gigante.
Luizomar de Moura e o Quênia na Olimpíada: lutamos o bom combate
by Marcio Silvio02/08/2021
O trabalho do técnico Luizomar de Moura com a seleção do Quênia rende altos elogios da Federação Internacional de Vôlei – um projeto piloto que ele encabeçou com toda comissão técnica do vôlei de Osasco desde abril até a rodada final contra o Brasil. As Rainhas Africanas não venceram nenhum set até a eliminação, só que mostrando nível competitivo considerado – evolução tática, evolução física e até administrativa.
Luizomar empregou todo arsenal que usa no Liberatão de Presidente Altino e, em poucas semanas, conseguiu dar alto rendimento à seleção. “Plantamos uma semente”, diz ele ao comentar esse período inédito como técnico olímpico. ” Trabalhamos pra que a participação na Olimpíada de Tóquio marque o raiar de um novo dia pra modalidade no país. O desafio de comandar um grupo inexperiente no esporte internacional exigiu uma mudança de percepção, um novo olhar. Após décadas de trabalho e triunfos tanto nas categorias de base da seleção brasileira como à frente do time de Osasco, deveria ser difícil entrar no vestiário após ver a minha equipe ser superada em quadra na maior competição esportiva do planeta. Não foi.”
Ele explica: “Não foi porque estamos na fase da semeadura – quando é preciso mergulhar fundo na terra e saber esperar o momento de romper as barreiras do solo até começar a crescer. Por isso o meu sentimento, da comissão técnica que me acompanha nessa missão e das atletas, é de missão cumprida nesse início de jornada. É de alegria pela vitória do aprendizado. E tenho certeza que a experiência em praticar o vôlei em meio ao alto padrão internacional, convivendo nesse ambiente e com grandes atletas, confirmará tudo o que trabalhamos. Esse será o primeiro passo rumo a excelência no esporte.”
Por conta do sucesso tático de Luizomar nesse projeto, ouve-se que a Federação Internacional teria feito contato para que o técnico do vôlei de Osasco dê sequência ao que foi semeado. “É como entrar em uma guerra sabendo não ter armamento suficiente e nunca fugir da luta porque se acredita na causa. Foi isso que eu, a comissão técnica e as atletas sentimos e fizemos. Lutamos o bom combate. E o resultado do bom combate é sempre positivo”. E ele crava essa luta em tom quase poético: “O destino levou esse filho do Brasil ao seio da mãe África pra ajudar a escrever um novo capítulo da história do voleibol queniano do outro lado do mundo.”
Com sete anunciadas, novinhas de Barueri aumentam média de idade
by Marcio Silvio15/07/202115/07/2021
Começando a montar o elenco para a nova temporada, o Barueri Vôlei tem a média de idade dois anos acima da formação anterior – disputou a Superliga praticamente com sub 20. O clube que tem no comando o técnico da seleção José Roberto Guimarães, até agora renovou com cinco meninas e anuncia duas contratações.
As sete jogadoras estão entre 21 e 25 anos e isso dá média de 22 anos para o time. Certo, essa roda ainda tem muito para girar, principalmente após o técnico retornar dos Jogos Olímpicos. Hora de conferir as novinhas.
RENOVARAM
KARINA SOUZA
– ponteira, 23 anos, 1m82
JACKELINE MORENO
– levantadora Jacke, 21 anos, 1m73
DIANA ALECRIM
– central Diana, 22 anos, 1m93
LORENA VIEZEL
– central Lorena, 21 anos, 1m90
LORRAYNA MARYS DA SILVA
– oposto Lorrayna, 22 anos, 1m85
CONTRATADAS
LAÍS ZURLI BITTENCOURT VASQUES
– líbero Laís, 25 anos, 1m73 (estava no Praia Clube)
VIVAN LIMA
– levantadora Vivian, 21 anos, 1m81 (estava no Brasília Vôlei)
AGUARDANDO CONFIRMAÇÃO
– ponteira Karoline Tormena (Bluvôlei)
– líbero Paulina Souza (Vôlei Valinhos)
– central Júlia Kudiess (Itambé Minas)
– ponteira Mayara Barcelos (Fluminense
SAÍRAM
– ponteira Carol Grossi (Pinheiros)
– líbero Nyeme (Sesi Bauru)
– ponteira Maira (Sesc Flamengo)
– central Dani Seibt (Fluminense)
– oposto Kisy (Itambé Minas)
– levantadora Kenya Malachias (Osasco)
– ponteira Vitória Parise (Pinheiros)
Artilheiro Teleco viveu em Osasco até os 86 anos e agora é eternizado no Corinthians
by Marcio Silvio22/09/201922/09/2019
No começo dos anos 30 ele jogava pelo paranaense Britânia e em 1934 se apresentava no Corinthians e para fazer história. Uriel Fernandes, o Teleco, assinaria as páginas do clube como terceiro maior artilheiro.
Tricampeão paulista (1937, 38 e 39), posou como artilheiro absoluto do alvinegro nos dez anos que ficou no clube. As estatísticas mostram 1,02 gol por jogo na conta de Teleco e o total bate em 256 gols em 249 jogos – em média de gols, o mito segue como recordista do futebol brasileiro. O jogador teve teve breve passagem pelo Santos em 1944.
De volta aos portões corintianos, sim, Teleco é história. Os 256 gols dele perdem apenas para os 269 de Baltazar e para os de Cláudio, recordista com 305. Paranaense de Curitiba em 1913, quando se apresentou no Corinthians era um rapaz de 20 anos. No entanto, já aos 30 anos despedia-se do futebol e com um histórico impressionante. Ao pendurar as chuteiras, Teleco continuou no Parque São Jorge e trabalhando como responsável pela Sala de Troféus. O jogador vivia em Osasco e onde faleceu em junho de 2000 aos 86 anos.
Até então apenas lembrado pelos arquivos do clube, agora o artilheiro torna-se uma imagem soberana e eterna no Parque São Jorge, pois ontem a diretoria corintiana inaugurou o busto do craque na sede social, ao lado do de Luizinho.