A Confederação Brasileira de Vôlei é a palavra da vez permitindo atletas trans no vôlei feminino, decisão à luz da medicina esportiva etc. No entanto, as justificavas científicas não representam unanimidade e a discussão segue. Depois do Sesi Bauru, agora é Osasco que posa nessa vitrine.
O histórico time comandado por Luizomar Moura tropeçou nas rodadas iniciais da fase de classificação, só que depois acertou a mão e hoje posa na vice-liderança com 40 pontos, três sobre o Minas Tênis e seis abaixo do líder Praia Clube.
Esse elevador de Osasco na classificação tem a ver com o braço que é o terceiro mais poderoso da Superliga com 284 pontos. Não tem como dizer o contrário, o crescimento da equipe deve-se à mão pesada da oposta trans.
A CBV sela o assunto e, no geral, parece que questionar a participação trans no feminino agora tem punição tipo oitavo pecado capital. Qualquer um que se posicione contra, toma blitz feroz. Mas isso não preocupa a galera que usa da criatividade ao contestar Osasco com trans – seja nas redes sociais do time ou em qualquer outro espaço onde a livre expressão ainda é possível, o torcedor chega junto tirando onda.
Alguns exemplos dessa arquibancada satírica: que Osasco joga com um homem a mais; que o Tiffão faz a diferença; que nunca jogou nada como homem mas que arrasa contra mulheres; que Osasco é um time misto. Sim, há outras resenhas mas que não cabem aqui porque pegam mais embaixo.
Tudo isso à parte, Osasco não tem nada a ver com o traçado, tampouco a atleta trans que cumpriu todo procedimento até receber aprovação – segundo a CBV e órgãos internacionais, está absolutamente dentro da lei esportiva.
Mas tudo isso também à parte, não tem como não ouvir a voz da galera que vai contra o sistema. E entre as sátiras da moçada contra trans no feminino, uma outra questão ganha espaço: o torcedor diz que as atletas mulheres estão amordaçadas, que vivem sob um tipo de inquisição esportiva quanto ao assunto. Boca fechada.
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