Seis meses atrás a ginástica rítmica era abalada com a notícia da supercampeã Vivi Oda Miranda: despedia-se precocemente das competições num adeus sem prazo de validade. Maior nome do alto rendimento de Osasco, a menina de Guaratinguetá defendia o escudo osasquense há oito temporadas, desde quando a modalidade começava na cidade.
Ela começou a brincar de ginástica aos três aninhos, ainda no berçário onde recebia treinos lúdicos da professora Carol Nogueira; antes de completar 10 anos e já tipo fora de série, a menina apresentava-se em Osasco para uma parceira de grande sucesso juntamente com a técnica.
Vivi conquistaria tudo nos principais torneio do estado, seria implacável nos pódios nacionais e estaria entre as melhores nos tapetes do mundo – marcaria Osasco nos mapas do continente americano e da Europa.
Chegar à seleção brasileira adulta era caminho natural para essa espetacular campeã. Então, com 17 anos estava convocada como caçulinha no grupo formado pelas estrelas Bárbara Domingos, Geovanna Silva e Andressa Jardim, momento em que o Brasil assistia a despedida da histórica Nati Gaudio.
Com os pezinhos na seleção principal, cenário aberto para o sonho trabalhado desde os primeiros movimentos em Guaratinguetá – Jogos Olímpicos. O ano é porta de entrada a Paris 24 e Osasco estava confiante que teria teria Vivi Oda no desfile de abertura.
A professora Carol era da equipe da modalidade municipal e sustentava que todo planejamento com a atleta tinha esse objetivo – Vivi fazia treinos específicos em modo olímpico, era mesmo aposta fortíssima de Osasco.
Mas essa parceria com Guará, receita de sucesso, teria colapso em maio passado quando a supercampeã dizia adeus. “E hoje me despeço por um tempo desse esporte que vem me acompanhando ao longo de toda minha vida, foram quinze anos de muitas amizades, conhecimento, aprendizagem, esforço, dedicação e reconhecimento”, dizia.
Vivi justificava a decisão por problemas psicológicos e físicos – estava no limite, o corpo e a mente não davam mais conta. “Preciso me cuidar pra poder um dia, se Deus quiser, voltar aos tapetes.”
A saída da supercampeã num ano pré-olímpico clama por detalhes, mas esse silêncio talvez seja para preservá-la. Sim, lógico que o ciclo Osasco-Guará também se rompeu, a professora Carol não faz mais parte da escola municipal e segue com o trabalho campeão de sempre na cidade e na academia que revelou a estrela.
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