Vai se classificar aos playoffs mas não vai ser campeão da Superliga. O badalado time de Osasco justifica o nome gigante que tem apenas pelo trabalho de mídia. Tirando essa roupa tipo tiktok não sobra nada, apenas um time mediano.
E para o tamanho da história osasquense, esse mediano paga de medíocre. Ontem no Liberatão de Presidente Altino, 4 mil torcedores apoiando por reação até o último set e diante de um grupo apático, frio, mumificado.
Fato que o Itambé Minas anulou Osasco nos três sets, jogou barbaridade no coletivo e no individual – e taticamente deu nó de marinheiro. As mineiras foram avassaladoras com 25 a 17; se os torcedores gritavam por reação na parcial seguinte, viram a equipe de Luizomar de Moura ainda mais alface – 25 a 14 para o Minas.
No terceiro set não é que Osasco tenha jogado bem, é que o visitante baixou a guarda e só administrou até os 25 a 23. Só de bloqueios, 14 pontos para o Minas contra míseros três do outro lado – e o paredão mineiro, a novinha Júlia Kudiess de 18 anos com seis blocks.
Lotando o Liberatão e já levando pacote de 3 a 0, a torcida ainda suportava o animador cantando “campeão mundial’ como se o nocaute fosse da casa – brincadeira de péssimo gosto que o vôlei de Osasco prega, um time de vitrine e de pura vaidade de mídia.
Não é sem motivo que perdeu o Bradesco – e as empresas que estão aí seguem por conta de atrelamentos políticos. No mais, ninguém do time chegou a dois dígitos na pontuação – o Minas também não teve nenhuma mão além dos 11 pontos, ficou nisso com Carol Gattaz e Ozsoy; no entanto, a distribuição de bolas da levantadora Macris fez a pontuação girar taticamente.
O torcedor apaixonado vai seguir apoiando o time nessa campanha purpurina mas, sem disfarçar os fatos, Osasco não merece a torcida que tem – está pagando 10 anos desde o último título nacional e do histórico Mundial e segue cantando isso como se fossem conquistas de agora.