O mundo impactado diante do caos na Ucrânia e o esporte não está fora desse cenário com entidades de várias modalidades pesando contra a bandeira russa. Futebol, tênis, esgrima, vôlei etc, entram com representações pelo banimento inapelável da Rússia.
A guerra acontece a cerca de 11 mil quilômetros daqui mas as consequências são imediatas, mesmo com o País adotando neutralidade diplomática. No entanto, no mundo todo o esporte posiciona-se frontalmente contra o governo Putin, tomada de decisão que chega a Jandira.
Na cidade, o grande nome esportivo é Júlia Alboredo. Atual campeã brasileira de xadrez, fechou a temporada passada como grã-mestra. Júlia de Jandira é uma das quatro brasileiras qualificadas para a Olimpíada de Xadrez e estava com tudo em xeque para disputar pela primeira vez o grande torneio, de 26 de julho a 9 de agosto.
Acontece que a sede olímpica era Moscou. Era? Sim, não é mais e por razões elementares. Assim como demais modalidades esportivas, a Federação Internacional de Xadrez retira a Olimpíada de lá.
JANDIRA
Claro, isso afeta diretamente o planejamento da grã-mestra em Jandira. Na sexta-feira, a entidade que comanda o tabuleiro mundial informou o cancelamento e que está em busca de outra sede. Arkady Dvorkovich é russo e presidente da Federação Internacional de Xadrez.
Ele diz que reconhece as dificuldades do momento e que os jogadores não terão condições de irem a Moscou. Essa decisão da Fide é pela segurança dos jogadores mas sem manifestação direta contra a guerra como faz a União Europeias de Futebol – transferiu a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo para Paris e condenando implacavelmente a Rússia.
Por outro lado, a Federação Ucraniana de Xadrez levanta-se contra o presidente da Fide (por ser do país invasor) e conclama tabuleiros do mundo todo para que reforcem condenação à guerra. Diante desse xeque-mate, Júlia de Jandira fica acompanhando o cenário e na torcida por nova sede olímpica.