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21 de novembro de 2024
QG Notícias

Tentando pegar os caquinhos, diz Cris de Osasco sobre Olimpíada

Ela trabalhou duro como sempre, uma grande atleta e jogando o fino aos 39 aninhos. Sangue osasquense e das quebradas, Cristiane Rozeira não está no grupo olímpico que se apresenta na Granja Comary. Dia 2 passado, o técnico Arthur Elias convocou a seleção e a atacante acabou excluída.

A ausência de Cris de Osasco impacta a torcida, a justificativa do técnico mostra-se superficial mas a conta está fechada e a jogadora do Flamengo junta-se à torcida pelas meninas do Brasil.

Tudo certo, só que não tão certo assim. O corte de Arthur Elias foi golpe a seco que pegou Cris de Osasco com a guarda baixa – ela esteve nos aprontos da seleção e sempre como referência lance a lance. Sim, a 11 estava muito na vibe por Paris.

No entanto, o técnico rasgou com bisturi e Cristiane sepulta o sonho de disputar a última Olimpíada. Repetindo, a Confederação Brasileira de Futebol não dá aquela justificativa à altura que a camisa 11 e a torcida merecem.

Torcer é o que resta para a atacante. Mas também resta profunda tristeza mais um forte desejo de chamar o técnico Arthur Elias à realidade. “Eu tenho mil motivos pra colocar pra fora como me sinto”, avisa a artilheira.

Ainda que com o coração triste e magoado, Cris de Osasco silencia todo rancor e dá lugar a palavras de torcida e de fé às atletas que seguem para Paris: Gostaria de apenas direcionar coisas boas. Fui muito feliz nesse curto período que estive de volta, pude reencontrar velhas amigas e ter a chance de fazer outras.

Boa sorte a todas vocês. Estarei de coração aberto, na torcida pelo ouro olímpico. Entrem em campo pelas milhares de meninas que sonham com tudo isso.

Bom, não dá pra falar que estou feliz porque eu estaria mentindo e fingindo o que não sou. Estou aqui, tentando pegar os caquinhos que caíram pra poder me reconstruir.

PIA SUNDHAGE & ARTHUR ELIAS

Pela segunda vez olímpica ela sofre às mãos da CBF. Para Tóquio e quando o Brasil tinha a técnica Pia Sundhage, a CBF assistiu calada o castigo de confinamento que a sueca impôs à atacante.

Pagou mais de dois anos sepultada até a CBF dispensar a estrangeira e chamar Arthur Elias – e na primeira lista de convocadas dele em setembro do ano passado, ressurgia Cris de Osasco que havia ficado de fora dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo.

Maior artilheira olímpica com 14 gols e jogando na potência do alto rendimento, agora a atacante do Flamengo sofre mais esse corte por capricho técnico, golpe desferido como nocaute cruel que pulveriza o sonho dela. ´É fim de história para Cris de Osasco.

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