Duas cornetadas sobre o rebaixamento humilhante do rico Audax que ontem levou de 3 a 1 do Oeste Barueri. Claro que o Rubrão não tem nada a ver com o calendário e calhou de pegar o vizinho ruim de bola na rodada final da fase de classificação. Jogando em casa, o time barueriense deu para o gasto e fez o placar sem dificuldades.
Então, se ser rebaixado para a Série A3 não é suficiente para o Audax, tem que receber a última pá de terra do vizinho num dérbi regional. Mais ainda: se o torcedor visse em campo um time pegado, entrosado e que perdesse em pé, certamente estaria na moral – ainda que chorando a degola.
Mas não, o torcedor viu um Audax absolutamente sem noção durante toda A2, um comando técnico tipo intocável por uma diretoria que só entende de cifras. O Oeste Barueri não tem nada a ver com essa furada chamada Audax e mandou ver 3 a 1 e a história está aí, rebaixamento e zoação.
Agora, uma mexida técnica ontem sinaliza muito bem o grande nível desse time que só sabe perder – minutos finais e com a tampa encomendada, o Audax manda para campo a celebridade do funk Livinho – no lugar de Guilherme Vieira.
Motivo tático algum, já que o funqueiro nem treinando estava. Dias antes, Livinho cuidava da agenda de shows porque é mesmo uma celebridade no pancadão e tem multidão de fãs; ele também não tem nada a ver com isso, é coisa da diretoria tiktok que curte badalação.
E parece zoação do destino: fim de jogo na Arena Barueri, a sorte para exame antidoping cai justamente para o funqueiro. Livinho não é atleta, não tem vida esportiva no alto rendimento e cuida do corpo pelo visual apenas – quem sabe quantas horas de treinão ele tem na Vila Yolanda? Mas foi foi para o jogo do rebaixamento e, depois, para o antidoping.
Então, dois tiros na chuteira do Audax num rebaixamento só: sepultado pelo vizinho Oeste Barueri e pagando mico com a celebridade – promove a estreia e vê o astro indo para o famoso xixi. O exame também vai por sangue mas no futebol é só urina mesmo e capaz de pegar substâncias como estimulantes, diuréticos, anabolizantes, drogas etc.
Livinho está muito de boa, o campo dele é o funk e o Audax é que faz esse picadeiro. Mas a diretoria também está muito de boa, nem aí porque não conta prejú algum e não presta conta de nada – menos ainda para a torcida que paga fidelidade de graça e em modo mulher de bandido porque só apanha. No mais, o Audax tem cordão umbilical de inox com a prefeitura e o circo segue.