Em setembro do ano passado ela desembarcou na Polônia e logo foi mostrando o alto vôlei que tem. A levantadora Roberta deixou Osasco para vestir a camisa do LKS Commercecon Lodz e onde vive um grande momento. No entanto, a guerra na Ucrânia é bem ao lado e ela não esconde preocupação.
Roberta diz que a Polônia está bem segura quanto a isso, só que é aquela coisa, guerra é guerra e pode causar estilhaços. Como a Ucrânia faz divisa, claro que não há como desvincular a Polônia desse conflito – é rota de fuga e, então, queira ou não o país tem a ver.
Roberta vive em Łódź (Lodz), terceira maior cidade e onde há o maior cemitério judaico da Europa. Fica na região central do país mas não tão longe da capital da Ucrânia (Kiev) – cerca de 800km em estrada pelo sul. Czchow é uma das cidadezinhas que acolhem refugiados e fica a 4h de onde mora Roberta; Przemyśl está a 5h da levantadora. Para essas cidades vão poloneses de todas as partes oferecendo abrigo aos fugidos da guerra – inclusive de Łódź.
Voltando a falar do vôlei, Roberta jogou hoje pela Tauron, a Liga Polonesa e festejou vitória do Lodz por 3 a 1 no Legionowo – 25 a 23, 26 a 24, 25 a 16 e 25 a 22 (foto acima). E sobre a passagem da levantadora no Liberatão de Presidente Altino, estava no Sesc Rio quando foi contratada em junho de 2019 e para assumir tarja de capitã; renovaria para a temporada seguinte. Então, fechando a Superliga 2021, contratão com o vôlei polonês.
VAI VOLTAR?
A guerra e o clima de alerta na Polônia assustam a jogadora. Tudo isso é muito alheio à brasileira que vive num país com muitas feridas históricas. Mas Roberta diz que está bem, que está segura. “Estamos bem aqui ao lado”, diz ela ao se referir à vizinha Ucrânia.
Certo, por conta disso ouve-se que a brasileira quer voltar e que já estaria conversada com o Praia Clube. Possivelmente, não fosse esse cenário tenebroso ela até renovaria por lá. Mas o cenário é tenso e isso pode pesar na decisão de Roberta.