19.8 C
São Paulo
22 de novembro de 2024
QG Notícias

O Audax com Mário Teixeira e sem Mário Teixeira…

Quem forma a diretoria do Audax? O clube tem Conselho ou eleição presidencial? Ainda recebe verba municipal? E se tem, faz prestação de conta? Ouve-se que a cartolagem abriu outra versão da empresa para receber grana pública via Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Osasco. Soa um tanto estranho, não?

Bem, o QG Notícias vem indagando sobre isso não é de agora e, ano passado, encaminhou a questão para quem de direito. No mais, o Audax segue explorando o estádio da Vila Yolanda como sede própria, ainda que sendo uma empresa particular.

Mas esse não é o papo aqui, pois não tem como falar do Audax sem ter Mário Teixeira no centro da roda. E por que? O homem desembolsou milhões sobre milhões por essa causa. Em 2016, ano do vice-campeonato paulista, ele tinha o Bradesco inteiro dando suporte ao projeto – estava entre os principais executivos do banco.

Mário Teixeira também era corneteiro-mor: quando a moçada tropeçava na bola ele partia para o vestiário e descia a lenha; quando o time engoliu rebaixamentos seguidos após 2016, a voz de protesto que se ouvia era dele – chegou a invadir o campo do Rochdalão e peitar os jogadores.

Espírito vigoroso, intempestivo e sem chorumelas, o ex-conselheiro do Bradesco não fazia cálculos na hora do cheque. E era nessa parte que Mário Teixeira mostrava o lado vulnerável, pois acreditava que todos à volta eram do time. Mas não, muitos só tiravam proveito desse lado generoso do milionário.

Onde estava Mário Teixeira não faltavam políticos e jornalistas. O homem não fazia questão de aparecer mas, como manda o figurino dos puxa, bastava espirrar que lenços chegavam de toda parte. Sim, o dono do Audax fez a alegria bancária de muita gente.

Mas aos poucos e como que acordando de um coma forçado, passou a ver só hienas no entorno. Não escondeu a tristeza, sentiu-se cansado e enfadado dessa luta por um poder que ele nem fazia questão – repetindo, nunca foi de aparecer. Por fim, cadê o seu Mário?

Ausente do comando. A diretoria de agora é modelo tiktok, só agito e ostentação – não dá nenhum pio sobre Mário Teixeira, nenhuma notinha para a pouca torcida que resta. Ano a ano, essa diretoria mamão com mel vai fazendo do Audax um estranho no ninho. O clube pagou campanha horrível na Série A2 do Campeonato Paulista, rebaixado em penúltimo lugar e degolado em dérbi regional pelo Oeste Barueri, 3 a 1.

E a diretoria? Nada, apenas a assessoria surge com notinha resumida pedindo desculpas aos torcedores remanescentes. Ainda que todos em campo assinem essa vergonha, a responsabilidade bruta dessa incompetência é do comando do clube. Mas como já foi dito, a diretoria do Audax é blindada e não está nem aí.

Quanto ao seu Mário, a história dele com Osasco vem bem antes do futebol e tem a ver com o vôlei e o basquete femininos do BCN nos anos 90. Quando o Finasa ficou apenas com o vôlei, o Bradesco inaugurava centro de excelência no Jardim Cipava, projeto também com assinatura dele e que hoje tem o basquete feminino de base – ano passado retomou o time profissional após duas décadas.

Ainda sobre o Finasa, quando o Bradesco deixou o vôlei feminino em 2009, o seu Mário garantiu a permanência do projeto com o prefeito Emidio de Souza – de abril até setembro, bancou a equipe até a chegada da Nestlé com o Sollys. Por fim, quando a Nestlé saiu de quadra, novamente Mário Teixeira surge para segurar o vôlei feminino pondo o Audax na camisa em 2019.

Usamos cookies com objetivo de melhorar sua visita aqui. Você consente? Mas caso não esteja de acordo, tudo certo também. Aceito Mais