18.3 C
São Paulo
29 de setembro de 2024
QG Notícias

NOSSO CAMPEÃO! Round final para Miguel de Oliveira, mestre do boxe

A luta contra câncer no pâncreas foi a última batalha do campeão mundial Miguel de Oliveira. Nesta sexta-feira ele cumpriu o round final, sucumbido aos 74 anos. Mas é isso, a história desse mestre do boxe segue imortal do esporte e eternizada em Osasco, cidade que escolheu para viver nos anos 60 – e onde a nobre arte se abriu para ele.

Natural de São Manuel, foi lá que viu o boxe de Eder Jofre no cinema. Esse foi o soar do gongo para a carreira que improvisava num saco de pancadas no quintal da casa – eEra um garoto de 14 anos e que viu tudo mudar quando arrumou malas para trocar São Miguel por Osasco.

Logo arrumou trabalho e, no clube da fábrica, conheceu Jair Ongaro, primeiro mestre de Miguel de Oliveira no quadrilátero. Não demorou, aos 17 anos foi para a Forja dos Campeões e soltou os punhos até levantar o troféu campeão. A partir daí, a revelação de Osasco varreria ringues por todo País. Estamos em 1967, Jogos Pan-americanos no Canadá e toda expectativa por medalha – mas o fera não supera o mexicano Agustín Zaragoza e não conquista o bronze.

Avançando, em janeiro de 1973 ele disputaria o primeiro mundial – em Tóquio, empate com o campeão Kaishi Wajima pelo cinturão do Conselho Mundial de Boxe, resultado discutido e com o título seguindo com o dono da casa. No ano seguinte teve revanche no mesmo ginásio, era 5 de fevereiro e Wajima sobrou no tablado.

Então, o japonês campeão do mundo desiste do ringue e o título fica vago. Isso abre nova janela para o brasileiro de Osasco: 7 de maio de 1975 em Mônaco, Miguel de Oliveira contra o espanhol Jose Durán e não deu outra, vitória por pontos e título mundial.

Mas o cinturão não ficou por muito tempo com ele, em novembro desse mesmo ano em Paris, enfrentou o desafiante Eliseu Obede (Bahamas), perdeu por pontos. Mas seguiu no ringue e fazendo fila até encerrar a carreira em 1980; seguiu no boxe como técnico e, por longo longos anos como professor da nobre arte na Cia. Atlética do Brooklin.

Usamos cookies com objetivo de melhorar sua visita aqui. Você consente? Mas caso não esteja de acordo, tudo certo também. Aceito Mais