É verdade que Osasco é um gigante do vôlei brasileiro, mas essa verdade não é tão gigante assim – time de jogadoras estelares mas ainda sem consistência tática. No mais, a equipe repete o modo massa bruta que o torcedor cansou de ver quando Tandara carregava o piano.
Osasco segue penso de um lado, dependente de um único ataque – trocou a braçuda olímpica por um canhão balístico. A última rodada está aí para provar – não fosse o míssil que tem, o gigante teria engolido um cala do Brasília Vôlei em Taguatinga. Não foi Osasco que deu mole, foram as minas da casa que deram aquele show de vôlei tático. E estamos falando do Brasília que é o antepenúltimo colocado do nacional e que mostrou que o coletivo supera a força bruta, levando o gigante ao extremo do tie-break.
Anteontem em Taguatinga (📸 Rogério Guerreiro), não fosse a inspiração da levantadora Fabíola na parte decisiva do jogo, nem o canhão cuspindo fogo direto teria resolvido porque Brasília jogava um vôlei de assalto, veloz e eficiente. Foram os passes bem trabalhados da levantadora que calibraram o fogo pesado de Osasco para o placar final.
A oposto Ariane Helena marcou 20 pontos, 18 a menos que o oposto massa bruta de Osasco e que resolveu a vitória; a ponteira Ana Caroline e a central Aline Cristine ficaram com 12 pontos cada, as pontas Nati Monteiro e Neneca somaram 10 cada. Quanto a Osasco e abaixo do míssil balístico, a central Fabiana foi a segunda com 13 pontos; em seguida a central americana Rachael Adams com 12 e a ponteira Michelle com 10. O furacão Carla Santos atuou fora do padrão, seis pontinhos apenas. Então, no coletivo só deu Brasília sobre o massa bruta – até mesmo no block que sempre foi o fundamento-mor de Osasco, as valentes de Taguatinga levaram vantagem, 9 a 7.