15 de novembro de 2025
Abandonado por quase uma década, em 2026 o Museu de Osasco completa 50 anos e há projeto para reforma definitiva.

Museu de Osasco segue vergonha municipal, mas há boa notícia

Inaugurado em 1976, o Museu de Osasco está às portas do cinquentenário. No entanto, há muitos e muitos anos é peça morta na cidade – abandonado pela política.

Mas surge um sinal de esperança com a Secretaria de Cultura que tem planejamento em curso para que o Museu Dimitri Sensaud de Lavaud renasça. O secretário Marcelo da Silva, o Marcelão, garante que falta pouco para fechar com a prefeitura por uma empresa que cuidará de entregar o patrimônio histórico novinho em folha.

O chalé vem do final do século XIX, traz arquitetura italiana e foi levantado sob patrocínio do banqueiro Giovanni Bricola – obra construída pelo também italiano Antônio Agu, pai de Osasco e que morou no casarão antes da chegada de uma família francesa.

O barão Evaristhe Sensaud de Lavaud, industrial arrojado, acomodou-se no casarão com a grande família. E seria com o filho engenheiro que o chalé faria história – o impetuoso Dimitri construiu o avião São Paulo e causou a primeira decolagem da América Latina em 7 de janeiro de 1910.

E depois? Por falta de estrutura política esse belo lugar seria esquecido, se tornaria antro de vagabundos e vítima de vandalismos em série. Sessenta e seis anos após aquele voo é que o chalé seria resgatado historicamente para tornar-se museu.

Em 2007 a prefeitura deu uma melhoradinha ali; três anos depois promoveria reinauguração. Mas é fato, para uma cidade poderosa como Osasco e badalada entre as mais ricas do país, o descaso desde então é um verdadeiro crime cultural.

Mas omissões políticas à parte, a notícia de reforma geral e de definitivo reparo histórico vem do próprio secretário Marcelão, otimista quanto ao projeto: “Esse é meu sonho”. Sim, então há importante esperança para o museu no ano do cinquentenário.