Por ter sido um projeto relâmpago, apenas uma temporada, o Dayvit do técnico José Roberto Guimarães quase passa batido na história esportiva de Barueri – poucos sabem que em 1997 a equipe foi lançada para o Campeonato Paulista, que chegou à final e que faturou o caneco.
Isso mesmo, José Roberto tem esse título paulista com um novato que disputou a final contra o Leites Nestlé de Jundiaí em Valinhos. O treinador contava 42 anos e festejou a conquista do Dayvit Barueri por 15 a 6, 10 a 15, 15 a 13 e 15 a 4 (ses com aquela bola de vantagem).
O grande nome da equipe? A atacante Ana Moser, 29 anos, formava com outras potências como a levantadora Kátia Caldeira; a oposto Andrea Moraes, as ponteiras Patrícia Cocco, Isabel Salgado e Paula Pequeno; a central Ângela Moraes. Depois do título o patrocinador deixou o vôlei e José Roberto assumiu a direção do Guarulhos, segurando Ana Moser e outras ex-Dayvit. Sim, ele já contava com o Sportville e fazia essa ponte com o UnG.
Fim da temporada 1998, então ouve-se sirenes no Liberatão de Presidente Altino para a chegada de uma estrela da seleção brasileira. Quem? A própria Ana Moser. Era maio de 1999 quando ela se apresentava ao técnico Sérgio Negrão como primeiro grande reforço do BCN Osasco – o auxiliar de Negrão era Luizomar Moura…
BCN OSASCO 1999
LEVANTADORAS
– Giselle Florentino
– Marcelle Rodrigues
OPOSTOS
– Andrea Moraes
– Renata Colombo
PONTEIRAS
– Ana Moser
– Denise Souza
– Paula Pequeno
– Ana Paula
– Cilene
– Mari Blum
– Sônia
– Thaís Barbosa
CENTRAIS
– americana Danielle Scott
– Janina Chagas
– Renata Carvalho
– Fê Isis
– Giovanna Chagas
– Mariana Dornelas
LÍBEROS
– Arlene
– Andréia Teixeira
– Márcia Barbosa
DESPEDIDA DA CAPITÃ
Março de 2000 no Lauro Gomes em São Caetano do Sul: de um lado o Estrelas da Superliga todo de vermelho, do outro o azul Amigos de Ana Moser; festa do vôlei consagrando uma das maiores do Brasil. A ponteira tinha 30 anos e fechava um ciclo absoluto com a amarelinha da seleção e com passagem por Pinheiros, Sadia, São Caetano, Leite Moça Sorocaba mais Dayvit e UnG até a temporada final como BCN Osasco – ela havia anunciado aposentadoria em novembro do ano anterior, forçada pelos joelhos estourados.
No jogo de despedida, o Estrelas da Superliga entrou com 14 Fernanda Venturine, 1 americana Dani Scott, 11 romena Cristina Pirv, 13 americana Tara Cross, 12 Kely e 2 Raquel, técnico Sérgio Negrão, do BCN Osasco; o Amigos era praticamente uma seleção com 7 Fofão, 8 Leila, 10 Virna, 11 Karin, 3 Janina, 2 Ana Moser. técnico Bernardinho: 1º set Amigas/AM 25 x 23 Estrelas/SL, 2º set Amigas AM 23 x 25 Estrelas SL.
Ana Moser não volta para o 3º set que chega a 24 a 24, 25 a 25, 26 a 26, 27 a 27, 28 a 28, 29 a 29 até o Amigas fechar por 31 a 29; então vem a última parcial e Virna solta pela entrada para 25 a 22 para o Amigas de Ana Moser.
De volta para o presente, Dayvit e BCN são histórias distantes, assim como esse jogo que marcou a despedida da ponteira do Brasil. No entanto, são marcos permanentes na linha do tempo de Ana Moser, agora encaminhada a ministra do Esporte – estrela da seleção, grande nome do vôlei mundial com passagem campeã por Barueri e que encerrou a carreira vestindo a camisa de Osasco.
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