O prefeito de Jandira é sensei de judo (aportuguesado judô), 2º dan honrado na faixa-preta e que vive a cultura marcial no dia a dia à frente do Executivo.
Filho de imigrantes japoneses, Henri Hajime Sato é paranaense de Londrina, nasceu em berço camponês e cresceu vendo os pais num trabalho intenso para vencer em solo estrangeiro.
Logo ele estaria nesse campo de batalha. E quando a família decidiu por São Paulo, estabeleceu-se em Mairinque onde o garotinho Sato já formava com os irmãos na roça diária.
Mas quem tem sangue japonês sabe que vida dura é bênção para o sucesso e, então, entre roça e cultura familiar, Sato dedicava-se aos estudos pelo sonho de ser médico.
Avançando na linha do tempo, formou-se cirurgião e obstetra na PUC Sorocaba, depois enfileirou-se nas Forças Armadas até ir para a reserva como tenente do Exército.
Os caminhos da vida levaram Henri Sato a Jandira, cidade onde criaria raiz e onde se projetaria na política – nas últimas eleições, por exemplo, teve 52,35% nas urnas, prefeito no primeiro turno.
JANDIRA
Com a tradição japonesa nas veias, durante toda jornada o kimono foi a segunda pele do moleque camponês, do jovem médico e do hoje prefeito, sensei 2º dan.
Quando a política surgiu para doutor Sato, encontrou um cidadão jandirense filosófico e marcial, que cultiva valores ligados a códigos de guerreiros.
Como judoca a vida toda, o sensei agrega o kimono à cidade que é uma das referências dessa luta – tem uma escola tipo berçário de campeões.
Por conta da visibilidade nacional que essa cultura marcial está projetando, Jandira até pode ostentar algo como capital do judo.