A prefeitura de Jandira literalmente usa kimono – além de ter o judô como referência no quadro esportivo, tem um prefeito faixa-preta 2º dan. Estamos falando do sensei Henri Hajime Sato que era competidor até a vida pública exigir-lhe mais do tempo. Ele segue no tatame treinando forte e quase sempre vai de professor marcial nas escolinhas municipais.
Sensei Sato curte todos eventos esportivos mas é óbvio que o judô está no sangue – mais que uma paixão, para ele é uma herança familiar vinda do Japão. Tradicional quanto aos lendários códigos de honra dos guerreiros, o prefeito faixa-preta administra Jandira com esse olhar cultural.
Quanto a arte marcial propriamente dita, no último fim de semana ele curtiu o kimono municipal com 16 medalhas no Campeonato Paulista – sábado em Osasco, domingo em Praia Grande. A equipe de Jandira foi ao pódio para 7 medalhas de ouro, 5 de prata e 3 de bronze, contando ainda pódios no XVI Torneio Sensei Sukeji Shibayama também em Osasco.
E o prefeito duro na queda anuncia mais: dia 17 agora tem a IV Copa Jandira de Judô, evento com selo da Federação Paulista na Área de Lazer do Trabalhador onde fica o ginásio Marçola.
Por ser médico, naturalmente que ele defende o esporte como receita de saúde e leva esse conceito às escolas municipais, tipo ippon (golpe perfeito do judô) aplicado pela Educação; no mais, quando a agenda permite ele próprio veste o kimono e vai para as escolinhas de esporte dar aulas.
E nesse dojô municipal o sensei reforça o que aprendeu da tradição japonesa para o bom caráter, humildade, solidariedade e cidadania. Semana passada ele participou do Podcast Diário da Região comandado por Adamastor Inácio, falou resumidamente do judô e dessa filosofia marcial que destacou em três fundamentos: honra, lealdade, disciplina.
Toda longa história do judô, da família e do glorioso Japão estão representados no 2º dan da faixa-preta que ostenta, valores que ele passa nas escolinhas municipais. Antes do Executivo, sensei Sato foi vereador; tem 62 anos, é cirurgião geral e se orgulha por ser filho de imigrantes.
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