Como é celebridade do esporte mundial, tudo o que Tandara diz repercute muito. E desde Tóquio que ela não dizia muito, vinha como que cumprindo período de silêncio enquanto aguarda julgamento por doping nos Jogos Olímpicos. Mas ontem à noite ela quebrou o jejum com muito sorriso, alegria e demonstrando esperança – a oposto participou de programa ao vivo na TV Osasco e não se desviou de pergunta alguma.
A maioria dá mais atenção ao que ela voltou a repetir sobre trans no vôlei feminino. Isso não é novidade e a fala da braçuda apenas reforça que ela tem opinião e que não se curva diante de blitz ideológica. Isso à parte, abriu duas janelas na conversa: vida pós-doping e novo time de vôlei feminino.
Uau, tem aces aí! Sobre vida pós-doping, pode ter a ver em seguir mantendo a rotina de treino em alto nível enquanto espera pela sentença; também pode significar planejamento, que mesmo sendo banida ela tem o vôlei como destino. Fato, o flagrante olímpico é inquestionável e a batalha jurídica está em isentar a jogadora como vítima de exposição involuntária.
Se a alta corte do vôlei aceitar a defesa, então a braçuda será reintegrada ao trabalho em Osasco e para a Superliga. Caso contrário, pode pegar de dois a quatro anos de suspensão. Essa possibilidade é real e, por mais que doa, Tandara pensa nisso e vive cada dia sob esse fantasma algoz.
Então, cabe agora a segunda fala de Tandão na conversa de ontem e que pode ter a ver com essa vida pós-doping: ela já está trabalhando para lançar equipe própria. Sim, está para surgir um novo time no vôlei feminino e com a braçuda estreando como gestora. Então, seria planejamento em caso de condenação?