Não basta apenas treinar duro, tem que se manter competitivo o tempo todo e ser um estudioso disciplinado. O maratonista Wellington Bezerra é o valente Cipó, atleta do alto rendimento da Força Aérea e que orgulha-se de se apresentar como pernambucano de Tupanatinga.
Pois bem, esse longão irado vem cumprindo intenso período de aperfeiçoamento tático e alternando nos resultados. Como está dito acima, Cipó é um estudioso do atletismo e vem construindo o sucesso passo a passo.
Mas ontem ele chutou o pau da barraca, por pouco não leva a Maratona Internacional de Floripa de ponta a ponta. Cipó mora em Santana de Parnaíba, sempre paga treinos em Barueri e partiu para Florianópolis cem por cento concentrado na tática de corrida que treinou dia a dia.
O resultado está aí, vice-campeão com chegada fungando no calcanhar do líder. Décima primeira maratona que ele corre (42,195km), temperatura abaixo dos 10 graus e ele nem aí – foi cumprindo o planejado, logo assumiu a ponta e foi vendeu caro o segundo lugar.
Ele tomou virada de Antônio Marco que corria na paciência, sempre colado como que aguardando para dar o bote. E deu: já com a chegada encaminhada ele apertou para ultrapassar, conseguiu e se manteve até cruzar com 2:17:03:332.
Cipó não se surpreendeu com isso, estava consciente do próprio limite e queria mesmo garantir a medalha de prata. No entanto, manteve-se no vácuo para chegar no mesmo tempo do campeão, coisa de seis segundos – cravou 2:17:09:200.
Foi uma prova fantástica, com paisagens maravilhosas, muito frio. Tive a oportunidade de liderar a maior parte da prova, levando emoção ao público. Nos quilômetros finais perdi forças e fui ultrapassado pelo Antônio Marcos que foi forte e fez uma grande prova – foi por poucos segundos. Mas é como sempre falamos, corrida vence o mais forte, o que suporta mais dores e cruza a linha de chegada.
Base segura de informação e conteúdo