Golpeadas cruelmente e pelas costas. O Bradesco Osasco desativa o centro de treinamento no Jardim Cipava, celeiro de estrelas no vôlei e no basquete femininos – todas categorias de base despejadas, dezenas e dezenas de atletas e profissionais nesse estado de traição.
Com o Natal chegando, grande presente que o banco dá às bases campeãs que abarrotam a sala de troféus do Bradesco Osasco. Ontem, por exemplo: enquanto o sangue ainda jorra dessa degola, uma categoria entrava em quadra e pela derradeira partida com esse escudo – final do Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino Sub 17.
Decisão contra São José dos Campos em Curitiba, reduto da Sociedade Thalia. As crias do Jardim Cipava foram pelo manto mas principalmente por elas mesmas – sabiam que o basquete feminino já não era mais. Jogão de basquete e título na mão por 82 a 57.
Enquanto os deuses do banco saciam-se ferozmente, as crias respondem com mais um troféu campeão. Sim, é assim que o espírito esportivo reage à tecnocracia, ao capital insanamente cego e gélido – honrosa resposta das crias sub 17 do basquete que, ao mesmo tempo em que festejam o pódio, choram essa sangria cruel do Bradesco.
NOTINHA
– sobre a decisão impagável do banco, cabe atualizar que as escolinhas de vôlei e de basquete continuam no Jardim Cipava, que as categorias de competição é que foram banidas; o Bradesco Osasco não entra mais em campeonato algum seja estadual ou nacional.
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