Por Laryssa Borges
“Há pouco menos de um mês, Jair Bolsonaro verbalizou em diferentes reuniões privadas um conjunto de tormentas que o têm consumido, desestabilizado a campanha pela reeleição e catalisado seus ataques verbais contra o Poder Judiciário – a maior delas a convicção de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão trabalhando para que ele seja derrotado nas eleições de outubro. Embora o presidente reclame de ativismo judicial desde o primeiro ano de governo, o tom das conversas às vésperas do primeiro turno levou o Executivo a discutir a possibilidade de um “pacto pela paz”, composto de quatro cláusulas.
Mesmo sem traquejo de negociador e sem interlocução direta com a maior parte do STF, a quem primeiro seriam submetidas as propostas do Executivo, o ministro da Economia Paulo Guedes se apresentou como articulador de uma trégua que incluía acenos públicos a um país polarizado e cenários sobre o futuro ideal para o mandatário caso vença as eleições de outubro – e mais importante – também caso saia derrotado.”