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22 de novembro de 2024
QG Notícias

Vou aguardar pra entender melhor, diz Luizomar sobre drama de Tand

A olímpica Tandara está fora de jogo, condenada pela corte antidoping. Nove meses após a guilhotina em Tóquio, agora o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem fecha a tampa sobre a ex-oposto de Osasco com quatro anos de pena.

Mesmo sendo retroativa, o longo prazo deixa a jogadora fora de Paris 2024. Parece que a defesa da jogadora vacilou nesse ace mas, é claro, já avisou que entra com recurso e o caso sobe para a Corte Arbitral do Esporte, Suíça.

Em agosto passado, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem divulgava o teste positivo da jogadora com a substância ostarina. Desde então, um vácuo de silêncio até a estrela retomar visibilidade pública. Nesse ínterim, abriu escolinha de vôlei em Osasco e assumiu como empresária no Vôlei Futuro de Araçatuba. Sim, também entrou para a política, pré-candidata a deputada estadual.

O último cube dela foi Osasco e para uma formação que o técnico Luizomar de Moura jamais veria em ação – Tandão numa ponta, a trans em outra; Fabíola distribuindo legal para Fabizona e Adams, podendo ainda contar com a qualidade de Michelle. De quebra, a gari do Brasil varrendo o fundo de quadra – Camila Brait.

Se Tand fez falta para o Brasil em Tóquio, foi o iceberg que afundou o Titanic projetado por Luizomar – pela primeira vez que fica de fora de uma semifinal da Superliga. Há quem abrace Tandara nessa hora mas muitos ajudam na pá de terra – especialmente os que policiam a oposto por conta da posição corajosa dela contra trans no vôlei feminino.

O QG Notícias entrou em contato com um cara que conhece a jogadora desde as bases, história de muitos e muitos anos. O técnico Luizomar de Moura comandou as categorias menores da seleção brasileira e, portanto, muitas estrelas de agora assinaram passagem por lá.

Caso de Tand. Ela era uma jovenzinha de 14 anos quando apresentou-se na seleção de base em 2003; quatro anos depois, a oposto voltaria a jogar com Luizomar de Moura, dessa vez no Finasa

Hoje, o técnico de Osasco está na África sob chancela da Federação Internacional de Vôlei, retomando projeto iniciado no Quênia para a Olimpíada de Tóquio. Agora sem a pressão olímpica e com tempo para trabalhar, Luizomar está acompanhando a Liga Africana para formar a seleção.

“Vou aguardar pra entender melhor”, disse ele quando perguntado sobre Tandara. “Momento difícil pra uma menina que eu gosto muito.” Ainda sobre esse retorno ao continente africano, o técnico projeta camping de três meses da seleção no Brasil e, claro, com QG no Liberatão de Presidente Altino.

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