Entre os modernos técnicos do vôlei brasileiro, dois se destacam por empreendimentos arriscados fora da zona de conforto do mercado internacional. O primeiro é Marcos Kwiek que mudou-se para a República Dominicana em 2008 e para levar a seleção feminina ao cenário mundial.
Kwiek precisou montar a estrutura do vôlei dominicano que não tinha nada de alto rendimento. Se hoje o mundo aplaude a ponteira Bethania De La Cruz e a líbero Brenda Castillo como celebridades, tem a ver com o garimpo do treinador.
O outro técnico é Luizomar de Moura, há 16 anos no vôlei de Osasco e que em 2017 foi para o primeiro desafio fora ao assumir a seleção do Peru. O projeto seria para a Olimpíada de Tóquio, mas não deu certo por lá. Então, chega 2021 e ele parte para nova aventura, dessa vez projeto que o levou a participar pela primeira vez dos Jogos Olímpicos – com a seleção do Quênia.
Bem, após Tóquio o treinador retoma o expediente brasileiro, cumpre a temporada da Superliga etc. Fechada essa conta, ele avisava que estava retornando à África – dá sequência ao projeto de alto rendimento no continente sob chancela da Federação Internacional de Vôlei.
Hoje ele está na Tunísia onde acompanha os playoffs das quartas de final do Campeonato Africano. “Muita rivalidade? Que nada, muita alegria”, diz o treinador ao registrar o vídeo que segue – jogo de ontem com o Kenya Commercial Bank dando de três diretos sobre o Kenya Prisions com 25 a 17 e duplo 25 a 14.
Tal qual Kwiek na República Dominicana, o técnico de Osasco tem a missão de alto padrão na África. Agora, o grau de dificuldade é mesmo insano porque são vários países e uma diversidade cultural maravilhosa. Luizomar acompanha jogo a jogo com o objetivo de formar a seleção nacional. Por conta dessa missão que é extremamente valorizada pelos africanos, o brasileiro é chamado de embaixador do vôlei.
