O vôlei milionário de hoje não precisa mais de nada e o destino é o infinito. No entanto, quanto mais se capitaliza e forma constelações, mais celebridade fica – padrão de etiqueta tão meticulê de meticulá que, em alguns casos, chega a dar impressão esnobe.
Sim, a ostentação faz parte. Por outro lado, há lugares onde as cifras não importam mais que a cultura. É que diz o técnico Luizomar de Moura, chefão do Osasco Vôlei e agora embaixador da Federação Internacional de Vôlei na África.
Ele passou as últimas semanas na Tunísia, acompanhando tudo para formar a nova seleção africana. No fim de semana rolou a decisão do campeonato nacional e o técnico ficou na tietagem, curtindo tudo set a set até ver o Kenya Commercial Bank levantar o caneco.
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, foi desse time que ele montou a seleção. Não deu outra, olha aí o técnico de Osasco no pódio campeão do KCB. Título à parte, Luizomar destaca a alegria das jogadoras em cada pódio e a festa que é unânime em todas equipes – nada a ver com o padrão ostentação daqui.
Na final de ontem, o KCB partiu sobre o Al Ahly abrindo dois sets com 25 a 18 e 25 a 22; na terceira parcial o adversário cresce e debulha com 25 a 11. O quarto set foi tenso, ponto a ponto até o KCB fechar 28 a 26 e levantar o bicampeonato. Pelo terceiro lugar, o Kenya Pipeline foi ao tie-break para 3 a 2 no Carthage.
O vídeo que segue não é curto, tem pouco mais de sete minutos para registrar como as Rainhas Africanas valorizam o pódio. Sim, a Mama África está quebrando padrão no vôlei.