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19 de maio de 2024
QG Notícias

Vegana e defensoras dos bichos, a ovelha negra Rita Lee

Outro símbolo da música brasileira pede passagem. Rita Lee Jones de Carvalho deixa o palco aos 75 anos mas o som não para – o legado que vem desde Os Mutantes (1966 a 72) e do Tutti Frutti (1973-78) é presente permanente na discografia brasileira. Sim, uma estrela chamada Rainha do Rock e muito bem identificada como Ovelha Negra, um dos grandes hits da cantora.

Mania de você, Baila comigo, Agora só falta você, Banho de espuma, Desculpe o auê, Erva venenosa, Amor e sexo, Reza, Menino bonito, Flagra, Doce vampiro… Sim, ela combina acidez e ironia que também espelhava no visual incomum.

Em termos de consagração, os especialistas apontam o álbum Fruto Proibido de 1975 como plataforma de lançamento da artista com o Tutti Frutti. São seis décadas de sucesso e nome entre os grandes da música brasileira.

Era véspera de ano novo quando Rita Lee decidiu nascer – a família morava na Vila Mariana. O Lee entrou na Certidão de Nascimento em homenagem dos pais ao general confederado Robert Edward Lee. Desde molequinha iniciou na música, piano. Queria ser atriz, veterinária ou dentista. Poucos anos depois a música cantaria mais alto e Ritinha já compunha e se apresentava no bairro com a banda Tulio´s Trio.

Já em 1963 aos 16 anos, fazia sucesso colegial com as Teenage Singers – entrada de Rita Lee no mercado formando Os Bruxos com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Então chega Ronnie Von, o Príncipe da Jovem Guarda que sugere e crava Os Mutantes.

Como Tutti Frutti a partir de 1973, formaria com Lúcia Turnbul, Luís Sérgio Carlini e Lee Marcucci. Então, após o álbum ‘Atrás do Porto tem uma cidade’, de 1974, no ano seguinte o TT emplacaria Fruto Proibido rodando Agora só falta você, Esse tal de roque Enrow e Ovelha negra. De cara, mais de 200 mil cópias vendidas.

Bem, a história da nossa ovelha negra não para com a morte porque as músicas são eternas. E os fãs colados na roqueira se lembram bem de 2012 quando ela rompeu a aposentadoria voltando aos palcos; no ano seguinte abandonaria os cabelos vermelhos pelo natural e também deixaria uma frase sobre aquele momento: O maior luxo da vida é dar amor aos bichos e ter uma horta.

Dois anos atrás ela lançou Change em parceria com Roberto de Carvalho e Gui Boratto, quebrando silêncio de oito anos; ano passado recebeu o Lifetime Achievement Award, prêmio do Grammy Latino a celebridades do disco quando já batalhava contra câncer no pulmão. Limpou-se das drogas, criou confusões e polêmicas e encarou os dias finais sem perder a classe.

O velório será no Planetário do Ibirapuera nessa quarta-feira e aberto ao público. Foi casada com Arnaldo Baptista, após separação teve Roberto de Carvalho e com quem estaria até a morte. Deixa os filhos João, Antônio e Beto; os netos Izabella e Arthur. Rita Lee será cremada.

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