Subiu para 724 o número de mortes no terremoto que atingiu o Haiti ontem. O balanço é provisório.As equipes de resgate tentam agora descobrir sobreviventes debaixo dos vários edifícios que desabaram no sudoeste do país. Há notícia de 1800 feridos.
O terremoto, de magnitude 7,2, que também foi sentido na República Dominicana (com a qual o Haiti divide a ilha de Hispaniola) e em Cuba, ocorreu às 8h29 locais, a cerca de 12 quilômetros da cidade de Saint-Louis-du-Sud, a 160 quilômetros (km) da capital haitiana, Porto Príncipe, com epicentro a dez km de profundidade. Houve uma réplica de magnitude 5,2 a 17 km da localidade de Chantal, também com epicentro a dez km de profundidade, segundo dados do Instituto Norte-Americano de Geofísica.
Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, enviou no sábado condolências aos haitianos pela tragédia e prometeu que o seu país ajudará na reconstrução. Biden nomeou Samatha Power, da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), para coordenar a resposta do seu governo ao sismo.
As primeiras intervenções, realizadas tanto pelas equipes de salvamento quanto pela população, permitiram retirar muitas pessoas dos escombros. Os hospitais continuam a receber feridos”, informou a Proteção Civil haitiana.
A região sudoeste recebeu o maior impacto do terremoto, principalmente a cidade de Les Cayes e seus arredores. Na noite de ontem, autoridades haitianas registraram pelo menos 304 mortes e mais de 1.800 pessoas feridas.
Igrejas, hotéis, hospitais e escolas ficaram gravemente danificados ou destruídos, enquanto os muros de uma prisão foram rompidos pelos violentos tremores.
“Precisamos mostrar muita solidariedade com a emergência”, disse o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, um neurocirurgião que foi colocado à frente do país durante a turbulência após o assassinato do presidente Jovenel Moise no dia 7 de julho.
Alguns haitianos disseram que passaram a noite de sábado dormindo a céu aberto, traumatizados pelas memórias do sismo de magnitude 7, de 2010, que atingiu uma região muito mais próxima da capital, matando dezenas de milhares de pessoas.
Imagens postadas em redes sociais mostram moradores buscando aberturas estreitas em pilhas de destroços de alvenaria, para puxar pessoas em choque dos escombros de paredes e telhados que desmoronaram em volta deles.
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– da Agência Brasil