A torcida de Tandara é imbatível e fiel, mesmo vendo a braçuda olímpica migrar para quadras da política. Certo, vestindo a camisa do MDB ela desagrada parte dos fãs enquanto outros aplaudem e nem ligam para esse novo uniforme.
A ex-jogadora do Osasco Vôlei e suspensa por doping (julgamento em sigilo tipo CIA e FBI) desde os Jogos Olímpicos de Tóquio, semanas atrás fechou parceria com o Vôlei Araçatuba e entra no projeto como gestora – está montando equipe que deve se apresentar em setembro para a Superliga C.
O planejamento de Tandão é disputar a B em 2024 e, então, cravar o Vôlei Futuro de volta à elite na temporada seguinte. Até lá, o caso doping pode ter sido sentenciado e, se não for, a atleta já terá pago mais de dois anos de gancho.
O que o torcedor teme é que a entrada na política seja prenúncio de tampa fechada na carreira como atleta. Pode ser? Sim, pode. Quarta-feira ela participou de ação do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) em São Paulo e posou com autoridades políticas como pré-candidata a deputada federal.
Por outro lado, quais sinais a olímpica pode dar, mostrando aos fãs que o retorno ao vôlei é projeto em andamento? Se manter os treinos do alto rendimento, se além de gestora do Vôlei Futuro e de pré-candidata ela sustentar esse expediente de quadra, principalmente com bola.
Quanto mais ela se distancia dessa rotina, mais o torcedor sente a nuvem da dúvida pesar: 1) não há sinal algum sobre o doping; 2) Tandara não fala de volta e não deixa mínima expectativa; 3) assume como gestora (empresária) e, por fim, entra em campanha política.