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21 de novembro de 2024
QG Notícias

Supercampeã Vivi Oda despede-se da ginástica rítmica: precisarei ir…

Maior campeã do esporte de alto rendimento de Osasco, a ginasta Vivi Oda Miranda despede-se da carreira. Natural de Guaratinguetá onde foi trabalhada pela professora Carol Nogueira desde os 3 aninhos, chegaria entre os principais nomes do Brasil.

Cerca de oito aos atrás a modalidade foi lançada em Osasco, projeto da técnica e árbitra internacional Maria da Conceição. Quando a ginástica rítmica tornava-se municipal em 2014, as duas professoras tinham apenas Vivi Oda na vitrine mas já faturando pódios seguidos na categoria infantil.

Além de apostar na modalidade, a prefeitura também contratava a professora Carol Nogueira com a pupila que ainda não tinha 10 aninhos. Nessas longas temporadas defendendo o esporte municipal, Vivi Oda somaria títulos regionais, estadual, nacional e além.

Sim, a maior colecionadora de pódios do esporte osasquense. Ano passado ela celebraria o sonho de ser convocada à seleção brasileira principal – atleta caçulinha formando com a feríssima Bárbara Domingos mais Geovanna Silva e Andressa Jardim. Aos 17 anos, rompia no mesmo cenário que marcava a despedida da estrela Nati Gaudio.

Então chega 2023, ano pré-olímpico e com o alto rendimento brasileiro em apronto para Paris 24. No entanto, todo agito da modalidade à parte, a supercampeã Vivi Oda vinha travando batalha intensa tanto física quanto emocional nas últimas temporadas. O resultado é que ela pega a contramão de todas expectativas, aos poucos vai ausentando-se das competições até ver o sonho de seleção brasileira e todo planejamento entrar em colapso.

SUPERCAMPEÃ

“E hoje me despeço por um tempo desse esporte que vem me acompanhando ao longo de toda minha vida, foram 15 anos de muitas amizades, conhecimento, aprendizagem, esforço, dedicação e reconhecimento. Aqui foi onde vivi, sem dúvidas, a maior parte da minha trajetória. Pessoas muito especiais passaram por mim ao longo desse tempo todo; histórias foram compartilhadas, vivências foram trocadas e muitos momentos colecionados”, diz a supercampeã.

E segue: “Precisei me permitir dar esse tempo pra cuidar do meu psicológico e do meu físico. Foram muitas lesões ao decorrer e muitos problemas com minha saúde mental. Preciso me cuidar pra poder um dia, se Deus quiser, voltar aos tapetes de corpo e alma com a dedicação que sempre tive. Doeria muito em mim estar pela metade, por esse motivo resolvi me dar esse tempo de descanso, reflexão e cuidado comigo.”

Vivi Oda afirma que essa decisão vem sendo trabalhada faz tempo. “Dói o coração saber que não consegui conciliar tudo, que precisei me afastar para cuidar da minha cabeça. Tentei por muitos anos não precisar tomar essa decisão, tentei continuar e controlar meus pensamentos mas hoje vejo que foi necessário – foi necessário entender que pra eu continuar dar tudo de mim como eu sempre fiz, precisava estar com uma cabeça boa e focada… Espero um dia estar bem pra voltar a fazer aquilo que mais amo na vida. Mas por enquanto estou me desligando, foi incrível viver isso mas precisarei ir…”

DA EDITORIA
Há o dito popular ‘rei morto, rei posto’ que destaca o sistema reciclável ou substituível. Se hoje a ginástica rítmica de Osasco é uma potência, deve tudo e mais um pouco a essa menina de Guaratinguetá. Sim, Vivi Oda faz esse baluarte da modalidade rompendo títulos da categoria infantil à adulta.
Espera-se que a cidade pela qual ela fez tanto, não caia no dito popular sobre rei morto; que o poder público não se esqueça dessa campeã que toma uma decisão dolorosa pela saúde – saúde que ela pôs em risco competindo ano a ano por Osasco desde 2014.

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