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22 de novembro de 2024
QG Notícias

Sobre quando a ginástica rítmica começava em Osasco

Quando se fala em trabalho de base, fala-se de um planejamento longo que exige investimento e muita paciência. No futebol o caminho é outro nível por conta da visibilidade; mas para modalidades fora desse reino feudal o pega é hard porque o retorno é mesmo incerto.

Isso à parte, a luta segue e as bases estão aí ralando forte pelo alto rendimento nos tatames, nas piscinas, nos ringues, nas quadras etc. Nessa vitrine, a ginástica rítmica é uma das heroínas da resistência e isso tem a ver com o esporte de Osasco – se há uma modalidade que rende medalhas sobre medalhas para a cidade, resposta certa ao apontar para a ginástica rítmica.

O projeto vem de antes de 2015, a modalidade era rascunhada pela professora Maria da Conceição ainda na incerteza e sem nada prático para convencer a prefeitura. Então, surge Guaratinguetá nessa linha do tempo.

GARIMPEIRA

Sim, a professora Conceição trabalhava por um sonho; o prefeito de Osasco era Jorge Lapas, o secretário de Esporte era Tinha di Ferreira. Nesse ínterim de conversas com o poder público, ela tabelava com uma colega de Guaratinguetá e a soma das duas resultaria no projeto que hoje é sucesso.

Em Guará, a ginástica rítmica tinha um nome, Carol Nogueira que continua sendo referência. E quem conhece o perfil profissional da técnica, sabe que o foco dela é a base, formação de atletas. E naquele ano de conversas com Osasco, ela trabalhava uma garotinha de 9 anos. “Pode apostar que estamos diante de uma futura campeã”, dizia.

A menina acanhada era Vivi Oda e que ficou mais assustada ao ver o prefeito Lapas, grandão com 1m92. A ginástica rítmica de Osasco começava assim, com a professora Maria da Conceição dobrando com Carol Nogueira de Guaratinguetá, ambas às mãos com uma pedrinha bruta chamada Vivi.

Quando a professora Conceição semeava o sonho não havia pódios porque nem atletas havia; e ninguém queria saber de ginástica rítmica. Nesse ponto, aplausos para o poder público de então por ter apostado no sonho, fechado com Guará e cravando a modalidade em Osasco. A professora Maria da Conceição tirou o projeto do nada e Carol Nogueira foi a ponte nessa realização.

A dobradinha segue, cada qual nas respectivas cidades mas juntas nos campeonatos por Osasco. Em Guará, basta visitar a escola da professora Carol para ver que ela mantém o mesmo trabalho de garimpo – são dezenas de meninas encaminhadas para o alto rendimento.

E sobre essa garimpagem, quando Vivi Oda foi levada pela mãe para a academia, era uma criança de três aninhos; tinha 9 quando apresentada em Osasco, agora aos 16 anos é um dos principais nomes do Brasil na rota de Paris 2024. Na escola que é berço de talentos, a técnicas Carol trabalha em parceria com a professora Aline Andrade – Rua Expedicionário Nelson Amaro, Jardim do Vale, (12) 99752-3957.

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