O vôlei feminino profissional já batizou o local, algumas modalidades estão com agendas ativas e, assim, o vermelho e branco dominantes do luxuoso centro de treinamento do Bradesco vai ganhando outras cores e novo expediente toma conta no Jardim Cipava.
Duas décadas atrás, o Finasa Osasco bombava no vôlei feminino e no basquete feminino. A cidade era um vulcão esportivo em 2008 e ninguém poderia suspeitar que essa potência seria implodida no ano seguinte.
Lembrando, em 2009 o Bradesco acabou com profissional. Mas antes de acionar a guilhotina, o generalato do banco projetava saída à francesa: construção de um mega CT no Jardim Cipava e que seria exclusivo para as categorias de bases – basquete e vôlei.
Para isso, conseguiu área pública cedida pela prefeitura para 30 anos de uso. Assim que conseguiu o terreno municipal, o banco passou a investir sem dó nesse casamento eterno.
No entanto e apesar da feliz relação com a cidade, o Bradesco não quis continuar – no final do ano passado fechou as portas das bases tal qual fizera com o profissional do Finasa em 2009. Diante disso, a prefeitura lançou mão dos direitos: rompeu contrato por justa causa e retomou a área com o CT e todas benfeitorias.
Ao anunciar a obra em 2008, o generalato falava de R$12,6 milhões de investimento para três quadras, arquibancadas, apartamentos, refeitório, academia; salas de fisioterapia, de TV, de estudos mais piscina e jardinagem.
O CT padrão Fifa do Bradesco iniciaria com 173 meninas para as duas categorias de base, projeto que daria muito certo porque, temporada a temporada, as crias do Jardim Cipava foram rompendo títulos sobre títulos.
O fim do Bradesco Osasco balançou a Federação Paulista de Vôlei e a Federação Paulista de Basquete; também atingiu ambas confederações porque marcava presença nas respectivas seleções, além de nos campeonatos nacionais.
E AGORA?
Com o banco fora do CT e tudo agora de volta à prefeitura, quem toma conta do local é o vôlei feminino do técnico Luizomar Moura, que terceiriza com o Raízes Núcleos Esportivos, entidade anunciada para cuidar das categorias de base.
Essa parceria foi anunciada em fevereiro, logo abriu inscrições (já encerradas) mas, até agora, nenhum sinal de equipes formadas. Por último, o CT de luxo agrega outro comando – a Secretaria de Esportes deixa o Liberatão de Presidente Altino e marcar território no Jardim Cipava.
Então, se por um lado a saída do Bradesco quebrou Osasco nas temporadas de base do vôlei e do basquete, por outro lado pinta tipo mão na roda para a prefeitura que vai explorando a casa.
Quanto a Secretaria de Esportes, o telefone de contato segue o mesmo (11 3654-1062), mas agora assina o endereço que segue: Rua Thomaz Antônio Gonzaga, 251; sobre Osasco Cidade do Vôlei, tem página na internet (aqui) mas sem atualização e deixa como contato apenas o email [email protected].