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2 de outubro de 2024
QG Notícias

Que feio, Luizomar! Mas palavrões em jogos são aceitos

Partindo da torcida e indo para todas modalidades, os palavrões seguem casados com o esporte numa união tão perfeita que parece até folclórica. Sim, há quem entenda que palavrões são expressões livres da torcida, extravasão coletiva.

Então, num ginásio ou num estádio, nenhum xingo merece o inferno porque tudo é cultura. Se no esporte amador esse vocabulário estiloso é dominante, deve-se ao império que vem de acima, o alto rendimento. Carro-chefe do esporte nacional, o futebol é o abre-alas desse reinado.

Nos jogos diretos da tevê para todo país assistir, essa linguagem é jorrada como trilha sonora. Mas está tudo certo, é culturalmente aceita e faz parte do show. Então chegamos ao vôlei feminino, em razão da rodada de ontem da Superliga Feminina.

Nos jogos com tevê, frequentemente o torcedor vê atletas que são celebridades surfando nos palavrões – comemorando um block monstro ou um pontaço. E os técnicos? Alguns são moderadinhos, outros gostam de rasgar o verbo. Ontem em Uberlândia, quem engrossou o rasgamento foi Luizomar de Moura, do Osasco que levou de três do Praia Clube.

O líder do nacional já empacotava o rival paulista por 2 a 0 (duplo 25 a 22) e levava o terceiro set, 14 a 13. O técnico de Osasco pede tempo e começa o espetáculo – muito irritado e dando aquele sermão nas meninas desentrosadas em quadra, ele força no berro com palavrões para todo Brasil ouvir.

Fato, Luizomar não está sozinho nisso e o esporte faz de conta que essa verborragia também é esporte. Mas não é! No mais, atletas e profissionais do alto rendimento deveriam prezar pelo equilíbrio porque são espelho.

Há clubes que têm psicólogos, profissionais com essa missão espetacular de treinar o lado emocional de atletas e comissão técnica para quando sob estresse. Sim, é possível ficar nervoso, gritar na pegada técnica e não perder língua.

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