A questão aqui não é comparar essas duas personalidades que são gigantes no vôlei – o técnico José Roberto Guimarães tem seu pódio consagrado e Luizomar Moura é igualmente monstrão que engrandece a modalidade. Então, cada qual intocável nas respectivas quadras.
O jogo aqui é sobre o empreendimento de ambos nos respectivos clubes, pois são grifes do vôlei e rivais diretos. Barueri e Osasco estão entre as cidades mais ricas do Brasil e a primeira tem apenas o técnico da seleção brasileira no projeto. Mas ao contrário de Osasco que investe direto no mercado, Barueri adota perfil de clube formador, basicamente juvenil.
Por que José Roberto não crava o empreendimento como faz Luizomar em Osasco? A cada temporada o supercampeão aparece falando da possibilidade de fechar as portas, de pôr fim ao projeto por falta de patrocínios etc. Isso não combina com o tamanho da riqueza de Barueri, tampouco com a celebridade mundial que é o técnico do Brasil.
Luizomar Moura comanda Osasco há 16 anos, passou por boas e poucas mas sempre atrelando marcas importantes. Teve grande parceria com a Nestlé, quando a multi deixou Osasco ele viveu tremendo sufoco mas seguiu na batalha e hoje o vôlei está muito de boa enquanto empresa.
José Roberto tem o Sportville em Barueri e onde a equipe inicia o Campeonato Paulista enquanto o municipal Correão está em reforma. Iniciou o projeto disputando a Superliga B até chegar à elite e tem várias atletas em grandes clubes. Então, o que falta para o técnico do Brasil emplacar com uma equipe entre as grandes camisas? Só para comparar com o vizinho Osasco, o técnico Luizomar joga dobrado com a prefeitura e isso ajuda tudo nas negociações com empresas.
ESTRELAS EM QUADRA
Sim, José Roberto teve momento celebridade no projeto, jogadoras importantes vestiram a camisa barueriense. Mas como já foi dito, ele não deu sequência. Quando chegou à Superliga B ele teve nomes importantes como as ponteiras Suelle, Erika e Tai Santos; a central Fê Isis e a líbero Dani Terra. Lembrando, o time era Grêmio Recreativo Barueri.
Depois como Hinode, contratou a levantadora americana Carli Lloyd e a polonesa Katarzyna Skowrońska (maior pontuadora da Superliga); nesse timaço formavam a levantadora Naiane, a oposto Sara Dias e as ponteiras Erika, Jaque, Suelle e Tai; as centrais Fê Isis, Thaísa; as líberos Natinha e Dani Terra.
A polaca Skowrońska seguiria por mais uma temporada e com o torcedor comemorando contratação da levantadora Dani Lins; a ponteira Tai Santos seguia e dobrava na rede com o reforço Amadinha. – José Roberto também trazia a ponteira argentina Alina Rodriguez e mantinha Thaísa e Natinha.
Quando mudou a camisa para São Paulo Barueri, iniciava o formato econômico sem jogadoras de estrada. Na temporada 2019 ele entrou com elenco de novinhas projetando as levantadoras Juma e Jacke; as opostos Jheovana, Lorenne e Kisy; a ponteira Maira; as centrais Diana e Mayany; a líbero Nyeme. Aponta Tai Santos e a líbero Dani Terra seguiam no grupo.
Em 2020 ele reforçava com a oposto Lorrayna, a central Lorena e a ponteira Karina entre as novinhas – basicamente a formação da temporada seguinte. Para a de agora, José Roberto apresentou como grande nome a experiente Paula Borgo, oposto que vive momento dramático contra tumor no estômago. Equilibrando com o elenco de novinhas ele tem a levantadora Carol Leite e a ponteira Isabela Paquiardi – a caçula do time é Luzia Nezzo, central de 18 anos e 1m99.
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