Quando um dirigente justifica que é por motivo de grana que não entra com o futebol feminino, o torcedor logo sabe que a razão é mesmo falta de interesse – para a maioria da cartolagem, a categoria é só custo e não retorna nada para os cofres.
Ainda que a Federação Paulista de Futebol venha fermentando as premiações do estadual, a rejeição segue. No geral, a cartolagem investe forte nas bases do masculino porque trata-se de um negócio lucrativo – moleque com 12 anos já tem empresário e posa como futura celebridade da bola.
Então o feminino é mesmo um deserto impagável? A FPF diz que não e aponta para o Paulistão que chega em maio com premiação superior à da temporada passada. Reinaldo Carneiro Bastos é o presidente da FPF e diz: Queremos sempre crescer e melhorar, o Paulistão Feminino evolui a cada ano.
O Conselho Técnico reunido nesta quinta-feira, cravou premiação de R$3,23 milhões; ano passado a Federação Paulista distribuiu R$3,1 milhões entre os doze times, quantia 19,2 por cento maior que a de 2022.
Quando o Paulistão chegar, estarão em campo Santos, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Ferroviária de Araraquara, Bragantino, São José, Taubaté, Realidade Jovem de São José do Rio Preto, Pindamonhangaba e Marília (📸).
Se isso tem a ver com a região, basta anotar que há três clubes profissionais na grade masculina da FPF, todos fortes nos campeonatos de base ano a ano. Não, o futebol feminino não faz parte do planejamento profissional porque só os machos rendem grana.
Desses três da região, o Ska Santana de Parnaíba trabalhou a categoria ano passado mas sem investir como faz com a masculina; quanto a Osasco Audax e Oeste Barueri, esse papo nem chega perto.
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