15 de novembro de 2025
Fivb oficializa Pacaembu como ginásio do Mundial de Clubes de Vôlei Feminino.

Pacaembu mico, ex-prefeito de Osasco na tensão por Mundial

O Pacaembu como sede do Mundial de Clubes Feminino vem gerando críticas – primeiro pela demora da Federação Internacional de Vôlei, que somente hoje oficializou o local; segundo porque o ginásio é acanhado para o evento, mais a ver com jogos colegiais.

Ex-prefeito de Osasco, o secretário de Esporte Rogério Lins está na linha de frente de tudo. No mais, graças a ele que o Osasco Vôlei posa como sede do Mundial – tudo muito bem articulado e trabalhado.

Até aí tudo certo, faz parte do jogo. Mas o bicho pega por se tratar de um mundial e por São Paulo fazer a Fivb pagar mico – aceitou a sede na credibilidade e acabou entrando numa fria por falta de ginásio à altura.

O Ibirapuera tem agenda fechada, então o jeito é engolir o Pacaembu estimado para 3 mil torcedores. Só para comparar, as últimas edições do Mundial de Clubes Feminino foram em arenas de 5 mil a 15 mil lugares.

Fora isso, toda logística estrutural de primeira, desde arquitetura a cadeiras individuais. Quanto ao Pacaembu, arquibancada tipo de ginásio escolar; outra coisa, o recuo lateral (além da marcação da quadra) é mínimo, entre 1m30 e 2m.

O secretário Lins está na tensão porque precisa otimizar espaço para todo aparato tecnológico que o evento pede como iluminação TV-ready, espaço fixo de mídia etc.

Sim, a Fivb já realizou Mundial num ginásio ainda menor que o de São Paulo, em Zurique 2015. No entanto, ainda que pequeno, tinha uma infraestrutura embutida gigantesca e não deixou nada a desejar.

O Pacaembu é significativamente o mais inferior da história e o maior desafio para a Fivb que não tem responsabilidade direta pelo que está acontecendo – quando São Paulo entrou na parada, assumiu todas as contas.

A Fivb vende o projeto, a sede vai atrás de bancar logística e isso envolve várias empresas. Mas é claro, a Secretaria de Esporte é a assinatura da vez.

O Mundial do ano passado foi em Manila, Filipinas. A Mall of Asia Arena tem padrão NBA, 15 mil lugares, dois anéis de arquibancadas, telão central suspenso em LED 360º, piso taraflex que é última geração. Agora, basta olhar para o Pacaembu.

Sampa paga mesmo um mico da hora e o secretário Rogério Lins tem poucos dias para otimizar em modo Hulk o tímido ginásio.