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30 de abril de 2024
QG Notícias

Osasco tão rica mas pobre para o futsal feminino: investimento zero

O esporte de Osasco tem investimento pontual. A prefeitura forma o Bolsa Atleta, grupo seletivo por indicações; em termos de coletivo também conta com equipes e todas nesse modo pontual. E quantos estão no Bolsa Atleta? Essa pergunta tem importância? Para o tamanho de Osasco, tem sim. A imprensa oficial divulga competições destacando apenas os patrocinados pelo Fundo de Assistência ao Esporte – que é o caixa municipal.

A imprensa deita e rola nessas pautas e fica aquela impressão que Osasco faz e acontece no esporte. Não, não é exatamente assim. Indo a fundo nessa jogada, vê que na cidade não há trabalho de base real, não há planejamento para formação de atletas fora do bolso do FAE. Como pode isso, sendo um dos municípios mais ricos do Brasil? Não sobra recursos por causa de outras emergências administrativas?

Está bem, considerando que não tenha orçamento além do Fundo de Assistência ao Esporte, ainda assim caberia saídas. Por exemplo: outras cidades com cofres bem humildes se comparados com o de Osasco, conseguem movimentar modalidades via parcerias. Como assim? A Secretaria de Esporte bate à porta da Câmara Municipal, orçamento aprovadinho e de esclarecimento público (nada escondido) e, além disso, ganha autonomia para captar empresas como fosse uma produtora de eventos.

O esporte trabalha assim em São José dos Campos, São Caetano, Pindamonhangaba e por aí vai. A grande maioria das cidades soma o orçamento via erário e aportes empresariais. Um exemplo clássico do investimento particular de Osasco está no futsal masculino – através do FAE a prefeitura banca o time do Audax. Precisa dizer mais alguma coisa?

E o feminino? Não tem grana para investir – uma cidade tão rica mas pobre para o futsal (também para o futebol feminino). Tanto que está rolando a Liga Paulista (acima) e Osasco pagando ausência. São sete equipes na LPF e o torcedor pode conferir os municípios em quadra: Jaú, Ferroviária de Araraquara, Mogi, Valinhos, São Carlos, Atibaia e Indaiatuba. Cidades abaixo do cofre osasquense mas ricas em planejamento esportivo.

Ainda sobre Osasco e o FAE: as modalidades e atletas beneficiados estão cumprindo os requisitos e mandando ver, tudo beleza pura e só aplausos. O dito aqui é sobre o orçamento municipal que pode ser mais – seja via erário ou via aportes empresariais. Osasco pode trabalhar o planejamento para 2022 mas não apenas para Jogos Regionais ou Abertos do Interior.

O papo é sobre abrir o planejamento junto com os clubes, agregar parcerias com equipes federadas movimentando as divisões de base e nas duas categorias. Sim, Osasco pode continuar com o lendário Quem Indicou (isso nunca vai acabar), mas também pode ter uma gerência esportiva própria.

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