A torcida de Osasco é aclamada como a maior organizada do vôlei brasileiro e, parece verdadeiro, quase toda jogadora sonha vestir o manto da cidade para essa experiência no Liberatão de Presidente Altino.
Mas a torcida não é apenas jogo, é irada e guarda rancor daquelas que trocam de camisa – como aconteceu domingo com a central Adenízia, jogadora de história no ginásio e que entrou em quadra como Praia Clube.
Jogão valendo a penúltima rodada da fase de classificação, os fanáticos de Osasco deixaram de lado o duelo clássico para uma pressão de baixaria contra a jogadora recebida como mercenária – cartazes humilhando e provocando a olímpica (📸 Fernanda Georges).
Mas Adê não perdeu o sorriso, é uma profissional espetacular e partiu para o jogo. Para a torcida do Praia, essa baixaria serviu apenas para alimentar o grande vôlei da central que deixou 12 pontos no pega – com direito a quatro blocks.
Só para lembrar, a equipe de Uberlândia acabou com longa série invicta de Osasco metendo 3 a 1 – abriu 25 a 15, a casa reagiu com 25 a 21; no terceiro set o Praia marcaria território num desafio de 37 a 35 e, no quarto set, fecharia o placar com 25 a 20.
TORCIDA x TANDARA
Essa pegação da torcida de Osasco contra Adê não é novidade no Liberatão. Em novembro de 2019 a oposto Tandara entrava em quadra como atacante do Sesc Rio.
Não é preciso dizer que Tand havia deixado o clube osasquense para temporada na equipe de Bernardinho. Ao ser apresentada em quadra, a oposto ouvia a torcida berrar provocações e xingos.
Tal qual domingo contra Adê, cartazes com dinheiro representavam a fúria contra Tandara. A história também tem a ver com o placar, pois o Rio venceu a parada por 3 a 2 e a oposto matou a pau com 22 pontos. Ah, Osasco estava invicto naquela Superliga.
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