O vôlei de Osasco é tipo filé, só diretoria, papo cinco estrelas. Clube monstrão e que ostenta ser o único campeão mundial, status que vem desde 2012. Mas esse vôlei repleto de títulos não foi sempre assim elitista – lá no início do projeto como BCN em 1996 e até o Finasa 2009, a base era forte com todas categorias.
No entanto, após a saída do Finasa o vôlei de Osasco se fechou para adotar modelo empresarial e trabalhar só no lucro. Em razão disso, nada mais de base. E os outros clubes paulistas? Com exceção do rico Osasco, todos os demais seguem com a política de escolinhas em alta e trabalhando forte temporada a temporada. O São Caetano é um que dispensa apresentações, time formador de atletas e de longa data.
Outro gigante nessa política é o Esporte Clube Pinheiros, sempre muito pegado no profissional e com uma base supercampeã; e se Osasco passa batido nisso, o vizinho Barueri já dá aquela aula de planejamento mesmo sendo um projeto bem novo – tem todas categorias menores e com elenco juvenil já nos cascos para o profissional. Esse trabalho ganha profundidade ano a ano, tanto que agora mesmo o clube está em campanha para que o torcedor se torne um padrinho das bases.
Explicando: até o dia 31 o fã das meninas pode apadrinhar o projeto via Imposto de Renda. A pedida é que o torcedor encaminhe a declaração para o vôlei feminino – no caso de Pessoa Física, são 6 por cento revertidos; declaração de empresas garante 1 por cento. Essa iniciativa de Barueri tem a ver com a Lei de Incentivo ao Esporte.
E fora do eixo da Grande São Paulo há o grandioso trabalho do Sesi Bauru, igualmente valente no planejamento das bases e apostando nessa excelência. Portanto, apenas o vôlei de Osasco não se interessa e entorna o caldo junto com a Secretaria de Esportes, absolutamente nem aí.