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18 de maio de 2024
QG Notícias

Osasco, estopim aceso: seleção do Quênia pode entrar em greve

O técnico Luizomar Moura está cumprindo o planejado, treino sobre treino em alto rendimento e dentro do protocolo Osasco de vôlei – trabalhos diários e amistosos semanais com a seleção do Quênia. Tudo certo mas na base daquela da canção do Roberto, como dois e dois – porque as cifras estão secando, nada a ver com o trabalho sacerdotal do técnico osasquense.

A seleção está em desespero por conta do descaso do governo queniano. Resumindo esse set, ouve-se de greve. Isso mesmo, chega informação que as Rainhas Africanas choram por estarem abandonadas aqui, cumprindo a quinta semana de camp para o Mundial a partir de 23 de setembro.

Fato, se dependesse do governo local elas nem estariam em Osasco. Graças ao aporte de uma empresa de apostas online que entrou com 10 milhões de xelins (pouco mais de R$431 mil), a Federação Africana ajustou-se com a Federação Internacional de Vôlei e o planejamento de Luizomar acabou sendo viabilizado no tie-break.

Acontece que a delegação conta 14 atletas e comissão técnica com quatro profissionais. Somando tudo, o aporte citado rapidamente perde volume. Outra informação: que cada jogadora recebeu 44.000 xelins para a viagem em 26 de junho, nada mais. Se for isso mesmo, está justificada a penúria.

Aliás, 44.000 xelins bate R$1.898,35. Certo, as Rainhas Africanas cumprem um camp de sobrevivência em Osasco. E se o torcedor questiona que os R$431 mil da casa de apostas são uma boa soma, continue lendo para conferir esse aporte sendo destrinchado abaixo.

Outra informação que o QG recebe é que os salários da comissão técnica estariam para a Fivb que também cobriria despesas de alojamento, transporte e assistência médica. Quanto as Rainhas, sabem que a Federação Queniana enviou planilha de camp para o governo ajustando 46 milhões de xelins (R$1.9 mi). Ou seja, o vôlei local fez tudo certinho, contabilizando custo em alto padrão por um camp decente. No entanto, a resposta do Ministério do Esporte foi nocaute direto: cofre falido.

Então é isso, a seleção do Quênia está no Brasil, treinando num apronto seríssimo em Osasco mas vendo o governo de costas viradas. Por fim, o que está acontecendo no Liberatão é que as Rainhas Africanas conversam abandonar o camp e o Mundial se o governo não entrar em quadra – continuar de nariz empinado e de coração gelado.

Caso as jogadoras não protestem, não abandonem o barco e decidam passarem juntas por essa humilhação, sabem que terão pouco tempo de respiro aqui – logo a água chega ao pescoço.

CIFRAS

– a seleção foi contemplada com R$431 mil do patrocinador
– mas não recebeu tudo, apenas R$215.722,14 para viagem ao Brasil
– de cara, foram R$43.144 mil em vistos
– mais R$34.515 mil com despesas emergentes
– R$151 mil em passagens
– nessa brincadeira já tem bolso individual pagando
– e ainda tem o camp de uma semana na Sérvia
– o restante do aporte o patrocinador pagará mês que vem

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