Segundo resenhas do vôlei, o técnico Luizomar de Moura recebeu uma carta de Ponta Grossa, Paraná. Era 2006 e ele comandava o Finasa Osasco – foi quando ele ficou sabendo de uma jovem ponteira que soltava o braço no Macaé.
Bem, o fato é que naquele mesmo ano se apresentava a garota Natália Zilio, 17 anos mas sem tremer ao entrar no Liberatão de Presidente Altino para os primeiros treinos. Todo mundo sabe, Nati fechou a conta na rede, logo seria titular e também emplacaria na seleção brasileira.
Já vinha arrebentando nas bases da amarelinha e, na principal, faria ciclo de três Jogos Olímpicos – campeã em Londres 2012, depois teria Rio 16 e a prata em Tóquio 20.
A paranaense hoje está no auge do vôlei aos 32 anos, agora campeã da Copa Challenge com o italiano Scandici – e já tem contrato com Dínamo Moscou, assinado bem antes de a Rússia partir em guerra contra a Ucrânia.
Técnico da seleção brasileira, José Roberto Guimarães treinava Barueri para as quartas de final da Superliga quando recebeu a notícia: Nati pede aposentadoria do Brasil. Sim,, trata-se de um ciclo que tem a ver com Osasco, pois foi nessa camisa que ela se projetou nacional e internacionalmente.
No pacotão de contratações do Finasa em 2006, Nati era novidade com a levantadora Fernandinha, a central Juciely, a oposto Elisângela e a ponta Raquel vinda da Rússia. O técnico Luizomar mantinha as centrais Valeskinha, Carol Gattaz e Adenízia; a levantadora Fabiana Berto, a líbero Arlene e as pontas Paula Pequeno, Mariana e Natália Manfrim (em agosto do mesmo ano, morreria vítima de acidente na Régis Bittencourt aos 19 anos).