Final de Repórter Esso na TV Tupi, janeiro de 1962. Então a emissora anuncia a novidade, estreia de O Vigilante Rodoviário, seriado nacional filmado em modo cinema.
Foram 38 episódios que fariam história. O inspetor Carlos cuidava das estradas, tendo como companheiro de luta o valente Lobo, um cão vira-lata que passava de boa como pastor alemão.
Produção de Ary Fernandes, também compositor do tema de abertura, O Vigilante Rodoviário marcou geração e segue como ícone da tevê brasileira.
Nas perseguições policiais, o vigilante fazia acontecer pilotando uma Harley-Davidson 1952 ou um Simca Shambord 1959 na Rodovia Anhanguera, região de Cajamar.
Ary Fernandes faleceu em outubro de 2010; nesta segunda-feira quem dá o adeus é o próprio vigilante, tenente-coronel PM Carlos Miranda, aos 91 anos.
NOTA DA POLÍCIA MILITAR
Com profunda tristeza, recebemos nesta manhã a notícia do falecimento do Ten Cel Carlos Miranda, o eterno Vigilante Rodoviário. Símbolo de uma geração, ele foi o primeiro super-herói brasileiro de uma série de TV, deixando uma marca indelével em todos que o acompanharam. Sua criatividade, competência e dedicação o transformaram em um ícone, que mais tarde se tornou um Policial Rodoviário. Velório e enterro serão divulgados em breve para que todos possam se despedir de seu ídolo.
A vida como inspetor Carlos faria com que o protagonista se tornasse mesmo um policial militar. Paulistano nascido em julho de 1933, o tenente-coronel faleceu em São João da Boa Vista.
Sobre o cão Lobo, vítima de atropelamento em 1966. Antes de se tornar famoso, o cachorro vivia sob cuidados de um soldado da então Força Pública em Suzano.
Ary Fernandes foi conversar com Luiz Afonso onde conheceu o cachorro King, o fiel Lobo do vigilante. Mas a série ainda não tinha ator principal, o diretor não aprovara nenhum candidato. Já no desespero, ele pede para o assistente vestir a farda – era Carlos Miranda.