Por enquanto o Mundial de Clubes Feminino está selado para São Paulo, ainda que sem local cravado pela Federação Internacional de Vôlei – a um mês da edição. Isso já expõe ferida aberta na organização-mor, algo que espanta a modalidade.
Impensável que um torneio dessa grandeza pague esse mico ao ser anunciado para o Brasil que espera quebrar jejum de três décadas.
Mas é fato: grandioso e espetacular, o Mundial de Clubes está se esperneando para encontrar um local de jogo – o Ibirapuera não tem agenda.
Brasil é plano B
O Brasil não estava para o Mundial, entrou via plano B. O local de origem seria Hangzhou na China mas, por conflitos com o calendário nacional, a Fibv perdeu a sede e precisou agir rapidinho.
Osasco cornetou e a entidade viu que seria ótima opção levar o Mundial para São Paulo. Seria preciso agir rápido ainda que sem logística definida, assim foi feito.
Desde 2018, por exemplo, China e Turquia revezaram como sedes. Agora e em razão de falta de alinhamento com o calendário chinês, a Fibv se vê obrigada a mudar radicalmente a rota e entra nessa fria.
Por que não a Turquia?
Nenhum dos monstrões turcos se qualificaram na Champions League, então pagam ausência no Mundial – estamos falando do tricampeão Fenerbahçe, do também tri Vakifbank e do igualmente tri Eczacibaşi, todos fora.
Os italianos Conegliano e Scandicci ficaram em primeiro e em segundo, por isso estão na grade para o Mundial – Vakifbank em quarto, Eczacibaşi em quinto, Fenerbahçe em sexto.
Quanto ao vôlei japonês, igualmente com tropeços e sem classificação. Por essas e outra, eis o Mundial absolutamente quebrado para a edição no Brasil.
E ainda falta um clube
Para causar ainda mais dor de cabeça à Fibv, o vietnamita Bihn Dien Long desistiu e deixa vaga aberta – até agora, a poderosa entidade está sem substituto. Lembrando, o Mundial está cravado de 9 a 14 de dezembro.
Arriscando no seco, não será surpresa se Bauru, vice-campeão da Superliga for convidado no susto ou, na mesma vibe, o Minas Tênis. Mas pela ordem, o mais lógico seria descer o convite para o Milano, terceiro da Champions. Mas isso ainda é pouco diante do problemaço de não ter local.
