Em 10 de fevereiro de 1921 nascia Massaru Yanagimori em Yatsushiro, província de Kumamoto-ken; anteontem em Osasco, ele partia aos 100 anos de idade completados em fevereiro, o mais longevo judoca com 90 anos de kimono. Iniciou no tatame aos 10, sob treinos insanos dos senseis Otsuka e Takayuki Takayama. Diferenciado, já aos 15 anos era faixa-preta.
Era 1936 quando o garoto se formava no tatame, só que ele pouco curtiria a faixa no Japão porque a vida mudaria o curso – deixaria a terra natal com destino ao Brasil. Avançando no tempo, encontramos o rapaz já estabilizado em Agissê, distrito de Rancharia (492km de São Paulo) e perdidamente apaixonado pela jovem Satsuki. Ele contava oito anos desde o desembarque do navio Buenos Aires Maru em porto brasileiro, estava feliz da vida se casando em 1945.
Daí os filhos, todos tendo o judô como cordão umbilical – Massonori, Miyoko, Ziró, Mário Youzo, Roberto, Marina e Júlio. Não demoraria, o mestre se mudaria para Osasco e para presentear o Brasil com a Associação de Judô Yanaguimori. Na arte marcial japonesa ele é honrado como kodansha kyuu-dan (faixa-preta 9º grau). De fato, personalidade histórica do judô nacional e celebridade reverenciada em todos tatames.
Ele fundou a escola em Osasco 52 anos atrás, em 1969. Mais que um grande mestre, lenda e referência marcial, Massaru Yanagimori é real patriarca da modalidade ao lado de tantos outros históricos que fizeram do Brasil o segundo país. No entanto, agora ele também deixa essa linha do tempo mas, é fato, segue presente nos centenas de faixas-pretas que formou e na multidão de judocas por todo País.