Em 2021, quando cheguei ao Quênia com o desafio de preparar a seleção nacional para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, encontrei mulheres destemidas, guerreiras com a alegria de meninas e um brilho no olhar de quem esperava alguém que as fizesse acreditar no próprio potencial; na força de transformar sonhos em realidade.
Passados pouco mais de dois anos, me vejo compartilhando um momento único para essas atletas e para todo um país. Vivo um momento especial de celebração com pessoas que hoje são família, irmãos e irmãs. O título de campeão africano representa muito mais que uma conquista esportiva, recuperação da hegemonia perdida em 2017, um troféu e medalhas – significa transcendência, ou seja, ir além em todos os sentidos. Dentro e fora de quadra.
Eu me sinto honrado por comandar um grupo competente de profissionais da Comissão Técnica e um grupo de atletas capazes de sorrir, chorar, cantar e dançar – às vezes tudo ao mesmo tempo; trabalhar muito e acreditar. Elas acreditaram em um brasileiro que ama o vôlei tanto quanto seu país e que aprendeu a amar também os quenianos.
Tenho muito orgulho de ajudar a construir essa história, que não acaba aqui. Esse é apenas mais um passo nessa trajetória incrível que só o esporte pode proporcionar. Seguirei trabalhando para quer elas continuem acreditando em si mesmas, para sonhar cada vez mais alto e perseguir esse sonho até ele se tornar uma realidade tão palpável quanto o troféu de Campeão Africano.
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– Luizomar Moura, técnico do Osasco Vôlei
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