Osasco tem quatro jogos e quatro vitórias no Campeonato Paulista, segundo colocado invicto e apresentando uma ponteira porrada total – Glayce Kelly tem 24 anos, 1m87 e arrepia no estadual com 60 pontos. Repetindo, sessentinha.
A equipe do técnico Luizomar Moura venceu doze sets e perdeu três; nesses quatro jogos a ponteira responde sozinha por dois sets e mais um pouco. Certo, se a menina continuar nesse pavor vai entrar na Superliga em altíssima potência.
E por falar nisso, ela veste uma camisa que tem tudo a ver com bolaças – até a suspensão por doping na Olimpíada de Tóquio, a 16 era da estrela Tandara. Fato, o time sentiu barbaridade a ausência da braçuda, a temporada foi mesmo bem difícil e Luizomar não conseguiu cobrir a baixa.
Uma coisa ele garante com todos os aces, que se Tandara estivesse o time não teria sido eliminado nas quartas de final da Superliga. E por que? Simples, a atacante era sinônimo de um set por conta própria.
Mas Tandão agora é caso jurídico, longe das quadras e sem previsão de retorno. Enquanto isso no Liberatão de Presidente Altino… Luizomar contrata uma ponteira novinha, dona de um vôlei que não havia sido devidamente explorado pelo vizinho Barueri.
Então, quatro jogos na conta do Paulistão e Glayce Kelly está cobrindo o legado de Tandão, puxando Osasco com bolaças e fazendo a camisa 16 voltar a brilhar. Ela iniciou na modéstia contra Vinhedo, oito pontos apenas; depois mandou 13 contra Taubaté. Já mais aquecida, 16 pontos no São Carlos. Na última rodada e num jogão contra o São Caetano, Glayce arrebentou com 23 pontos.
Sexta-feira a ponteira enfrenta outra equipe tinhosa, o duríssimo Pinheiros. E pelo que mostrou contra o Sanca, ela parece ficar mais à vontade num jogo pegado. É isso aí, a camisa 16 de Osasco volta a aparecer.
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