Trabalho muito show da prefeitura de Cotia que abraça a capoeira há anos. Modalidade de luta que ainda luta contra preconceitos por ser de raiz africana etc. Sim, a capoeira é discriminada e demonizada até. Outra coisa, a maioria que critica essa arte que renasceu no Brasil nunca a praticou; muitos que dizem que a capoeira não passa de dança e que não é luta, nunca foram a uma roda e valendo.
No período da escravidão, os senhores brancos viam os negros cantando, batucando e nessa ginga – e eles diziam isso mesmo, que além de trabalharem duro tinham fôlego para dançar. Sim, o que é dança para o olhar comum, nos pés do capoeira é sobrevivência.
Então, quando a prefeitura de Cotia garante esse espaço, vai além de organizar um evento mensal porque está cultivando história. Há sete anos a Roda dos Capoeiristas acontece na cidade e, sábado agora, tem paranauê na Praça Joaquim Nunes – ação da Secretaria de Cultura e Lazer.
A roda é mensal, todo segundo sábado e sempre homenageando um histórico. Na edição de agora o batuque de aplausos será para Ednílson Assis dos Santos, mestre Tizil – quatro décadas vivendo essa artea. Ele é capoeira desde os 8 aninhos, só que os mais chegados garantem que aos 47 anos o mestre está muito mais.
Mestre Tizil cresceu na ginga aprendendo com dois mitos que ele destaca: mestre Souza de Osasco e mestre Gato de Carapicuíba; o terceiro é o mestre atual dele e que deu-lhe a graduação – José Farias, o mestre Brucutu. Então, sábado às 9h tem Roda dos Capoeiristas na Praça Joaquim Nunes em Cotia, Avenida Nossa Senhora de Fátima na Vila Monte Serrat.