O vôlei de Osasco não é de chegada. Sim, há nomes que não cabem nessa camisa por serem jogadoras acima da média – uma que manteve o alto nível na Superliga, bateu de frente com a gêmea nas quartas de final. Todo mundo sabe do duelo bravo entre as irmãs Pavão e o resultado após três confrontos – a de Osasco venceu um, a do Rio levou dois e a vaga às semifinais.
Michelle Pavão jogou o que pôde mas a equipe osasquense não tinha conjunto, jogava desafinada – na base da porrada, só bola de canhão e que não resolve diante de um coletivo entrosado como montou o Flamengo e onde Monique fazia-se fundamental.
Por fim e após os lamentos em quadra, Michelle corre para a irmã e o registro está nesse clique de Adauto Araújo – as gêmeas se abraçam e a de Osasco festeja a classificação da mana. “Ver seu sorriso é a única coisa que me conforta nesse momento”, destaca a ponteira eliminada. Derrota e lágrimas à parte, Michelle complementa: “Saio triste pela eliminação da minha equipe… por outro lado, saio feliz por você.”
Na decisão, Michelle deixou oito pontos com três de block, Monique ficou com seis (dois bloqueios). São números bem abaixo dos de outras atacantes mas, em termos táticos, as gêmeas atuaram na qualidade tática, na sustentação.
Osasco sai do cenário e o valente Flamengo agora tem o papão Praia Clube nas semifinais, primeiro jogo dia 8 na Arena Dentil, depois dia 12 no Tijuca; havendo necessidade do terceiro, dia 15 e novamente na casa do Praia em Uberlândia. Nas mesmas datas, a outra chave semifinal fica para Itambé Minas e Sesi Bauru.
Pela primeira vez na história de Osasco na Superliga, fora das semifinais – e num ano que completa uma década desde o último título em 2012. Como já foi dito, salvando algumas atletas desse panelão temperado por Luizomar de Moura, a equipe é pura vitrine e desfile de vaidade. Tomou aquela surra do Flamengo e isso expõe a face real de Osasco, sem maquiagem.
