Quando assinou revogação do projeto ADC Bradesco em 28 de novembro, o prefeito Rogério Lins fechava tampa de uma história vinda de 1996 quando o BCN fora transferido para Osasco – primeiro o vôlei feminino, depois o basquete feminino.
Iniciava-se o primeiro ciclo dessa parceria que iria até 2009. Lembrando, em 2003 o Bradesco mudaria o manto para Finasa e seguiria assim por cinco anos, quando deixaria o projeto profissional para trabalhar apenas com as bases.
A partir de 2009 começava o segundo ciclo com a prefeitura de Osasco. Em setembro de 2007, o então prefeito Emidio de Souza assinava decreto cedendo a área municipal no Jardim Cipava para construção do centro de treinamento.
No corpo do decreto, o artigo 1º detalhava: Fica permitido o uso de uma área de terreno pertencente ao Patrimônio Municipal, localizada na Rua Luis Antônio Padrão, pela Associação Desportiva Classista Finasa, que terá como principal objetivo a construção de equipamentos esportivos, que serão utilizados no atendimento dos participantes do projeto de inclusão social da entidade.
VALIDADE: 30 ANOS
Não era um decreto qualquer, era um projeto de altíssimo valor e com prazo de validade igualmente grande – para 30 anos e prorrogável. No entanto, havia cláusulas para rompimento sumário: I – ser dada à área destinação diversa da prevista neste decreto; II – descumprimento pela permissionária, dos encargos que lhe são estabelecidos; III – vencimento ou não-prorrogação do prazo da permissão; IV – interesse devidamente justificado da Administração.
Antes de assinar o decreto, o prefeito Emidio destacou bem o artigo 5º: Findo o prazo ou revogada a permissão, a área será reincorporada ao patrimônio público da Prefeitura, integrada das benfeitorias nela eventualmente introduzidas, independente de pagamento de indenização.
Era 14 de setembro de 2007 quando o Bradesco entrava em cena para o segundo capítulo com Osasco – agora via Associação Desportiva Classista e que seria gigante com trabalho espetacular nas escolinhas e também em todas categorias de competição.
No mais, o Bradesco Osasco avançaria com equipe de vôlei feminino para a Superliga B e chegaria ao topo com o título ano passado; também faria ressurgir o basquete profissional feminino, pausado desde o Finasa.
ROGÉRIO LINS FECHA A TAMPA
Sucesso sobre sucesso, um ano atrás, o Bradesco Osasco surpreenderia ao desmantelar de forma absurda todas equipes de competição do basquete e do vôlei; atletas e profissionais sumariamente na rua, escândalo que imediatamente chegaria à mesa do prefeito.
Nada podia ser feito naquele momento mas Rogério Lins sentenciava que tomaria providências. Processo lento mas, por fim, um ano depois ele usa a caneta para cumprir o prometido: assina a despedida do Bradesco.
Em 28 de novembro o prefeito decreta revogação da permissão à ADC. Com a queda do CT do Cipava, cai o último reduto esportivo do Bradesco com Osasco, ciclo desde 1996 – só com o CT foram 17 anos.
E substituindo o decreto de origem assinado por Emidio em 2007, nesse de novembro o artigo 2 destaca: A área fica automaticamente reincorporada ao patrimônio público municipal, integrada das benfeitorias nela introduzidas, sem que caiba qualquer indenização à permissionária.
Ou seja, tudo que o banco construiu fica agora para o sucessor Osasco Vôlei que já está em apronto para posse em fevereiro. Com Luizomar Moura à frente, o novo projeto chega com todos patrocinadores que assinam o Liberatão de Presidente Altino.
INSCRIÇÕES ANUNCIADAS
Luizomar é um empreendedor, homem de negócio muito bem sucedido; agora tem esse projeto nas mãos e promete romper em excelência com todas categorias de base.
Exemplo disso é o nome que ostenta o tamanho do que vem por aí – Cidade do Vôlei. Sim, não há referência ao basquete mas, segundo o prefeito Lins, a modalidade está integrada.
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