O Corinthians levanta o quinto título da Libertadores Feminina, o primeiro foi em dobradinha com titularidade de Osasco. Final de hoje em Florencio Sola na Argentina, fechou o primeiro tempo zerado, a prorrogação também não saiu do zero e, na marca da cal, campeão com 5 a 3 no colombiano Deportivo Cali.
Nas penalidades, Gabi Zanoti manda a goleira Luisa Agudelo para o outro canto; Paola García dá o troco na medida para 1×1; Vic Albuquerque pega o canto esquerdo; então vem a lateral Kelly Ibargüen e manda no travessão, 2 a 1.
Na sequência, Thaís Ferreira amplia a vantagem do Corinthians, Melanin Aponza diminui para o Cali, Mariza vai na classe para 4×2, Stefania Perlaza mantém a equipe com chances ao deslocar a goleira Nicole mas, na quinta cobrança, Ingrid Johnson faz 5 a 3 e fecha a conta da Liberta.
Corinthians e Osasco
Em 1997 o Corinthians criou o departamento feminino mas enfrentando muitas dificuldades dentro e fora de campo, situação que forçaria fechamento em 2008. Em 2016, a grande notícia do futebol era o Audax que apavorava os grandes e que seria vice-campeão paulista.
Foi nesse ano que rolou aperto de mãos com o clube de Osasco para o futebol feminino, parceria que duraria duas temporadas.
O projeto colava os dois escudos no manto, o do Parque São Jorge e o da Vila Yolanda. No primeiro ano, campeão da Copa do Brasil e, em 2017, campeão da Libertadores ao vencer o Colo-Colo nos pênaltis. Após esse primeiro caneco continental, fim da parceria com o Audax.
Com a dobradinha desfeita, o clube paulista ficaria sem direitos para a Libertadores 2018 porque a vaga era do campeão Audax – em modo solo, não tinha pegada para o alto nível.
Mas o Corinthians foi vitaminando o futebol feminino com elenco da pesada e, a partir de então, títulos em cima de títulos. Contando com a Liberta sendo festejada agora, o alvinegro soma seis títulos continentais (conta o do Audax), cinco paulistas, onze nacionais.
Liberta 2017 – titular é Audax
Não é para melar o aplaudido hexa do Corinthians, mas a história está aí – foi pódio campeão da Libertadores em 2017, mas não como mandante porque o Audax era o titular da vaga.
Fato que o escudo tem a ver com o troféu de 2017, só que na letra da lei o caneco é contado para a equipe de Osasco – o Corinthians seria campeão solo pela primeira vez em 2019, repetindo o feito em 2021, 23, 24 e 2025.
