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21 de novembro de 2024
QG Notícias

Como está a antiaérea do Brasil diante da guerra eletrônica?

Os tempos são outros no teatro bélico. Assim como a II Guerra foi tecnologicamente absurda à frente da anterior, os conflitos do século XXI ganham cenário de ficção científica. Desde as batalhas no Iraque e na Síria para as atuais Rússia-Ucrânia e Israel-Líbano-Irã, o uso remoto de infiltrações aéreas fazem a diferença.

Aquela ideia de esquadrões de bombardeios decolando em série para ataques pilotados sobre o país inimigo já não se sustenta na guerra moderna; esse tipo de operação é hoje controlado remotamente com mísseis e, mais perigosamente, com drones civis militarizados.

É o moderno cenário nesse teatro da guerra que já conta com profetas militares falando da próxima evolução – robôs kamikazes, supersoldados batedores em operações de alto risco seja por ar, terra ou mar. E sim, tudo remotamente controlado.

Com o mundo bélico assim tão veloz e insano por supremacia, como o Brasil se comporta? Está acompanhando como observador ou já se movimenta para fazer parte dessa nova realidade?

E SE O BRASIL FOSSE ATACADO?

Num sonho tipo pesadelo com drones devastadores rompendo nosso espaço aéreo e cruzando os céus de Brasília até São Paulo, por exemplo, nossa defesa estaria sendo pega por não ter tecnologia contra esse tipo de ataque.

Sim, as Forças Armadas têm caças poderosos como os Gripen, esquadras medonhas e baterias antiaéreas letais. No entanto, nesse cenário fictício de ataque, tudo impotente porque o sistema brasileiro ainda é de curta distância.

O governo está empenhado nos primeiros passos nessa vanguarda – equipar as Forças Armadas com mísseis antiaéreos, para começar. Já foi divulgado sobre negociações com a Índia para o modelo Akash, bateria de alta eficiência nesse atual cenário de ataques operados remotamente.

O indiano Akash é míssil de médio alcance e pode alcançar até 20 quilômetros de altitude e 30 de distância. Para comparar: Israel tem o Iron Dome que é um sistema de defesa de curto alcance e que dá conta das operações na Faixa de Gaza; mas no caso dos ataques maciços do Irã, então a defesa usou sistemas de longa alcance, modelos americanos e britânicos.

Nesse caso, estamos falando de uma cobertura de até 120 quilômetros. O sistema brasileiro ainda é de curto alcance, as mais recentes armas adquiridas não buscam alvos além de 8 quilômetros. O sistema de defesa indiano (abaixo) não é dos melhores mas vale muito para o Brasil que não tem nada de médio alcance.

A DEFESA BRASILEIRA

O Comando de Operações Aeroespaciais é da Força Aérea Brasileira que controla o espaço nacional em conjunto com o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro. A partir desse centro de operações, a defesa é distribuída às armas.

O Exército tem seis Grupos de Artilharia Antiaérea e, repetindo, toda tecnologia do momento é de curta distância; a FAB opera a partir de três Grupos de Defesa Antiaérea com bases em Canoas/RS, Manaus/AM e Anápolis/GO; a Marinha tem o Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro, via Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea.

Para entrar no eixo de médio alcance, as Forças Armadas esperam por tecnologias que cubram, no mínimo 2 mil metros e até 40 mil metros de distância; de 50 metros a 15 mil metros de altitude. Com uma defesa assim, o Brasil já responderia com certo poder a ataques de aeronaves, helicópteros, mísseis de cruzeiro ou drones.

RADARES E POSTOS DE VIGILÂNCIA

Para ter eficiência na defesa, antes de tudo o Brasil precisa contar com radares que rastreiem todo e qualquer objeto de pequeno porte – em pontos estratégicos o equipamento cobriria até 200km de distância para 20 mil metros de altitude.

Todos países sempre em alerta de guerra, sustentam postos de vigilância antiaérea. Essa operação concentra equipes táticas nas fronteiras do espaço aéreo que, ao mínimo sinal de invasão, acionam o sistema de defesa nacional – esses postos de vigilâncias atuam como sensores e antecipam os radares.

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