Ele é natural de Caruaru, interior pernambucano a 130km da capital Recife. Cidade cuja história vem de 1857, tem aproximadamente a metade da população de Osasco que é uma gigante da economia brasileira. Foi nessa cidade paulista que ele se apresentava em 1999 como assistente do técnico Sérgio Negrão no BCN – inicio de carreira a gestor esportivo.
Quando entrou no Liberatão de Presidente Altino pela primeira vez, Luizomar de Moura tinha 33 anos; hoje aos 56, posa entre os maiores do vôlei e comanda Osasco há 16 anos – em maio de 2006 assumia o Finasa aos 40 anos.
Ainda que culturalmente globalizado e seguindo as mudanças velozes da sociedade, é religioso das antigas, cultiva as tradições pernambucanas e se orgulha desse berço. Caruaru honra personalidades históricas como o cantor e compositor Petrúcio Amorim, a atriz Prazeres Barbosa, o mestre artesão Vitalino Pereira, o humorista Coronel Ludugero, o jornalista Belarmino Austregésilo…
No ano passado, Luizomar entrava nessa seleção ao receber a medalha Gercino Pereira Tabosa, maior homenagem municipal outorgada pelo Legislativo. E dois anos antes ele era aplaudido na Câmara Municipal da cidade onde aportara profissionalmente – recebendo o título Cidadão Osasquense, o técnico compartilhava o coração pernambucano.
E ele segue agregando conquistas porque tem a vida em forma de vôlei. Numa ação ousada, assumiu a seleção do Quênia para os Jogos Olímpicos de Tóquio e o projeto continua, agora rumo ao Mundial. As Rainhas Africanas cumprem dois meses de apronto no Liberatão e seguirão para a Sérvia antes da estreia – o Mundial começa dia 23 e irá até 15 de outubro nos Países Baixos e Polônia.
E sobre ser Osasco nesse apronto, ele sorri e diz que é questão de girar a chavinha. No Liberatão o técnico acumula treinos com as equipes do Campeonato Paulista e do Mundial – quando finaliza trabalho com uma, gira a chave, troca de camisa e muda a linguagem.
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